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Em crise política e financeira, esporte vive bom momento e prevê recorde em Tóquio

O título mundial do revezamento 4x100m do atletismo, conquistado no último domingo, foi mais uma das inúmeras conquistas do esporte olímpico nacionais nos últimos meses. O Brasil é o atual campeão mundial no surfe, skate e vôlei de praia, tem líderes do ranking mundial no judô, águas abertas, vela, natação, conta com uma das principais equipes no vôlei masculino e na ginástica, modalidades tradicionalmente pequenas por aqui como canoagem, ciclismo, tiro com arco, levantamento de peso, tênis de mesa e badminton vivem o melhor momento da história…Enfim, dentro das quatro linhas, o momento do esporte brasileiro é muito bom.

Por outro lado, o momento político não é dos melhores. O Esporte perdeu status de ministério e a Secretária Especial ainda está tentando se montar, com diversas mudanças nos principais cargos. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), a entidade ficou próxima de perder 90% de sua verba total, oriunda da Lei Piva, e sofre para arranjar novos patrocinadores privados. Se pensarmos nas Confederações, pelo menos sete não estão possibilitadas de receber dinheiro público, e gigantes como atletismo e esportes aquáticos estão enfrentando problemas políticos.

O investimento total no esporte olímpico brasileiro caiu muito após a Olimpíada de 2016. Isso já era esperado, tanto pelo fato de ser pós-jogos em casa, como por conta do conturbado momento financeiro do país. Os resultados em algumas modalidades caiu junto com o investimento, mas em outros, a expectativa cresceu para 2020.

É difícil conseguir bons resultados sem grandes investimentos. Por exemplo, o Brasil foi campeão do revezamento 4x100m masculino no último domingo. Para isso, ficou 40 dias fora do país, com campings de treinos e competições nos Estados Unidos e Japão. Isso gerou um custo. E deu resultado. Tudo custeado pelo COB e pela CBAt. Falando do 4x100m livre da natação, que fechou 2018 com o melhor tempo do mundo, um camping com oito melhores do país foi realizado em fevereiro, o que também tem um custo alto.

A percepção que se tem é que, mesmo com o dinheiro minguando, os esporte com mais chances de medalhas seguem crescendo. Mas, por outro lado, aqueles que, no papel, não aparecem tão bem em termos mundiais não estão recebendo mais a atenção que tinham antes da Rio 2016. O objetivo parece ser afunilar as principais esperanças de medalha e focar nelas, e não tentar dar um investimento alto para todos. Pensando em termos de número de medalhas, essa pode ser uma boa saída. Pensando no futuro das modalidades “nanicas”, nem tanto.

O Brasil tem totais condições de superar as 19 medalhas conquistadas nos Jogos do Rio. Nem tanto pelo bom momento vivido em diversas modalidades, mas também pela entrada de surfe, skate e caratê no programa dos Jogos. Só nestes esportes, a expectativa é de o Brasil levar quatro ou cinco pódios.

Fonte: Globo esporte


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