A Prefeitura de Manaus foi representada pela secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, na abertura do “17º Laboratório Ítalo-Brasileiro (e não só) de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva”, na manhã desta segunda-feira, 24/2. O evento acontece em Bolonha, na região de Emília-Romana, na Itália, reunindo técnicos e gestores de saúde coletiva brasileiros e italianos com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências e definir parcerias para a implementação de ações de Atenção Primária em Saúde.
Shádia Fraxe apresentou as principais estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para garantir às pessoas, mesmo as que vivem em regiões remotas da capital amazonense, acesso aos serviços de saúde básica. A secretária apresentou um vídeo (https://youtu.be/pAxLmsV9_U0) e destacou aspectos particulares da saúde de Manaus durante a mesa-redonda “Desafios atuais no desenvolvimento de serviços territoriais na Emília-Romana e no Brasil”, que também teve a participação do diretor- geral de Cuidados Pessoais, Saúde e Bem-Estar, Giuseppe Diegoli, da chefe do Setor de Assistência Territorial, Fabia Franchi, e da técnica do Setor de Assistência Territorial, Piera Sanna, todos da região de Emília-Romana.
“Somos uma região com uma enorme biodiversidade e culturalmente rica e procuramos fazer saúde com respeito ao ambiente e às pessoas”, disse Shádia. A secretária destacou que Manaus desenvolveu meios de ampliar a cobertura de atenção primária nos últimos anos, que saltou de 47% para 90%, e de incorporar meios próprios, como as unidades de saúde fluviais, e novas tecnologias, que permitem alcançar as populações ribeirinhas e fazer o registro on-line de dados dos usuários.
Shádia também citou o papel das escolas de saúde pública na pesquisa e formação profissional e enfatizou a honra de participar do encontro, levando a experiência de Manaus como referência positiva. De acordo com a secretária, um dos grandes interesses da região de Emília-Romana é a experiência dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), que fazem parte das equipes de Saúde da Família e realizam visitas domiciliares, acompanhando o estado de saúde dos moradores dos seus territórios.
A Itália tem um serviço nacional de saúde, mas, diferentemente do SUS, não conta com a atuação dos agentes de saúde nos moldes brasileiros. Neste sentido, “o Brasil é modelo”, como afirmou Giuseppe Diegol, durante a mesa-redonda. “É preciso dar respostas imediatas às doenças emergentes, enfrentar as doenças crônicas e reduzir as desigualdades em saúde, e o Brasil está mais próximo disso do que nós”.
O diretor ressaltou que Manaus mostrou atividades em que prevenção e tratamento caminham juntos, e citou que nos tempos atuais, relacionar saúde e meio ambiente e promover a interdisciplinaridade, assim como dar atenção ao envelhecimento, são prioridades na Itália. “Precisamos acompanhar o cidadão em todas as fases da vida”, enfatizou Giuseppe Diegoli.
Além da secretária Shádia Fraxe, estão em Bolonha o subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, a diretora da Escola de Saúde Pública de Manaus, Karina Cerquinho e a diretora de Comunicação da Semsa, Andréa Arruda.
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A abertura do “17º Laboratório Ítalo-Brasileiro (e não só) de Formação, Pesquisa e Práticas em Saúde Coletiva” foi feita pelo assessor de política para a Saúde da região de Emília-Romana, Massimo Fabi, e pelo delegado para Políticas de Imigração e Cooperação Internacional de Emília-Romana, Luca Rizzo Nervo. Eles enfatizaram a importância da cooperação técnica bilateral e a oportunidade de somar esforços para enfrentar os desafios da saúde pública.
Também participaram da abertura oficial a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Etel Matielo, a presidente do Instituto Alcide Cervi e ex-senadora da República Italiana, Albertina Soliani, e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Emerson Merhy.
O evento segue até a sexta-feira,28/2, com visitas técnicas e discussões em eixos temáticos relativos a territórios remotos, abordagem de estratégias para desenvolver a assistência em saúde em áreas de forte despovoamento, falta de pessoal e processos de vulnerabilidade global; envelhecimento como fase da vida; e artes, cultura e saúde.
Promovido pela Associação Rede Unida, organização internacional sediada no Brasil, e pela Região Emília-Romana, com o envolvimento direto das cidades de Bolonha, Parma e Modena, o evento é realizado desde 2021 e, nesta edição, conta com o apoio de diversas universidades e instituições, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Saúde brasileiro. Além de Manaus, participam das discussões os municípios de Vitória, São Luís, Porto Alegre e Brasília.
Fonte: Divulgação
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