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Política poder e armas uma aliança mortal

Desde os primórdios das civilizações, lá pelas bandas da Mesopotâmia, os povos lutavam
para expandir seus domínios territoriais, usando armas rudimentares: lanças, espadas e
escudos. Começaram a pé, depois a cavalo e, posteriormente, com o uso de bigas.
Com o domínio dos processos de fundição e a descoberta de novos minerais, as armas
foram sendo aprimoradas. Etruscos, Caldeus, Babilônios, Partos, Gregos, Troianos e, por
fim, os Romanos fizeram parte dessa fase das guerras e do desenvolvimento das armas.
A invenção da pólvora e do canhão pelos chineses, bem como a descoberta do potencial
explosivo da mistura de nitrato de sódio, pólvora, enxofre e outros ingredientes, por
parte do alquimista alemão Berthold Schwarz, mudaram completamente a forma de
guerrear.

Com o aperfeiçoamento do canhão pelos ingleses e a instalação desses artefatos em
navios, fortalezas e castelos, iniciava-se ali a indústria de armamentos.
A partir daí, as indústrias se instalaram e começaram a produzir armas cada vez mais
letais:

• Fuzis
• Revólveres e pistolas
• Metralhadoras
• Aviões
• Submarinos
• Diversos navios de guerra
• Foguetes
• Mísseis
• Armas atômicas

Especialistas afirmam que existem mais de 15.000 ogivas nucleares no mundo, sendo
90% delas concentradas nos Estados Unidos e na Rússia.Essas indústrias são, muitas vezes, as maiores responsáveis pelas guerras, pois estão por trás daqueles que detêm o poder político. Muitas vezes, criam-se pretextos — “colocamse chifres em cabeça de cavalo” — apenas para justificar uma guerra.

A quem interessou a guerra no Sudeste Asiático, onde milhares de pessoas perderam a
vida e outras tantas ficaram mutiladas?
E as guerras fomentadas na África?
E a chamada Guerra Fria, que catapultou os orçamentos militares para a fabricação de
armas?Interessa à humanidade a guerra entre Rússia e Ucrânia?E agora, essa guerra entre Israel, Hamas, Irã e os EUA, que faz de conta que é um “João sem braço”A resposta é uma só: a indústria de armas. Só ela lucra com as guerras!É um ledo engano imaginar que os países que produzem armas querem a paz. Tudo nãopassa de um jogo de cena para a plateia, pois é nas guerras que políticos ambiciososalimentam o poder e os proprietários e acionistas da indústria bélica multiplicam seus lucros.

A Europa se rearma militarmente, temerosa da Rússia. Trump, unilateralmente, anuncia
uma trégua na guerra do Oriente Médio. O Irã é como um gato que esconde as unhas:
quem garante que eles já não tenham urânio enriquecido suficiente para produzir ao
menos uma bomba atômica?
Neste mundo de políticos ambiciosos e de arsenais cada vez mais letais, nunca se sabe!
Quando é que vão querer a tão sonhada “paz no mundo”?
Infelizmente, nunca!

Manaus, 25 de junho de 2025.
Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazona


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