As expressões eram um misto de incredulidade, alívio e alegria. À beira da raia, a comissão técnica da canoagem paralímpica brasileira gritava a plenos pulmões, numa comemoração emocionada. Na água, Igor Alex celebrava o tempo de 54s316, marca que lhe garantiu o primeiro título mundial de carreira em Montemor-o-Velho no no VL2, prova que estará no programa dos Jogos de Tóquio. Poucos metros ao lado, o compatriota Luis Carlos Cardoso vibrava por ter conseguido a dobradinha (54s911). O bronze ficou com o italiano Marius Ciustea.
Igor mostra uma evolução impressionante rumo a Tóquio. Ex-peão de rodeio, acidentado em 2011, o paranaense integrou a delegação brasileira na Rio 2016 somente após o corte de Fernando Rufino, o Cowboy, com um problema cardíaco. Nesta edição do Mundial, conquistou o único ouro da delegação paralímpica verde-amarela, que encerra a campanha em Portugal com um resultado superior ao do ano passado, em Racice. O país termina com um ouro, três pratas e um bronze.
– Graças a Deus deu tudo certo. Desde o primeiro dia em que vim, acreditei no meu potencial e no da minha equipe. Graças a Deus a oportunidade chegou na hora certa. Nem dinheiro nem nada para a emoção de pisar nesse pódio. São poucos brasileiros que tiveram essa oportunidade, e hoje eu sou um deles – disse Igor.
Luis Carlos, que foi prata no VL2 e já tinha faturado um bronze no KL2 na quinta-feira mesmo sofrendo com dores por uma fratura na costela, enfatizou que o maior número de atletas do país no pódio mostra o potencial da equipe brasileira para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos, em 2020.
– O Brasil vai vir forte para Tóquio, não está para brincar não. A gente está se dedicando para dar nosso melhor e para poder voltar para casa em Tóquio com muitas medalhas e poder orgulhar o nosso país.
Fonte: Globo esporte
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