A Polícia Civil indiciou o empresário Paulo Antônio Herberto Bianchini, de 34 anos, pelo assassinato da jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, em Orizona, no sul de Goiás. Segundo o delegado responsável pelo caso, Kennet Carvalho, outras duas pessoas também foram indiciadas por participação no crime. A investigação revelou que, antes do crime, houve uma briga por causa de R$ 86 mil e que o homem mantinha outro casamento sem a vítima saber — entenda abaixo.
O crime aconteceu em março, quando Dayara teve o corpo enterrado em uma fazenda de Orizona. A ossada da jovem foi encontrada no local em julho. Segundo a Polícia Civil, como o estágio de decomposição estava avançado, não foi possível determinar a causa da morte.
Preso desde 1º de julho, Paulo Bianchini foi indiciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil, dissimulação, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
A defesa dele afirma que ele é réu primário, com bons antecedentes e residência fixa, tendo colaborado voluntariamente com as investigações. Alegou também que os depoimentos indicam uma fatalidade, sem provas conclusivas de dolo – leia nota na íntegra ao final do texto.
As investigações apontaram que o investigado contou com a ajuda de um funcionário de 19 anos, que foi indiciado por ocultação de cadáver e fraude processual. Outra mulher, de 40 anos, também foi indiciada por fraude processual. Como os nomes deles não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.De acordo com o delegado Kennet Carvalho, o investigado mantinha um casamento sem que Dayara soubesse. O suspeito e a vítima tiveram um relacionamento de aproximadamente um ano e meio. “Ela acreditava que era a esposa. Ela foi enganada”, afirmou o delegado.De acordo com o delegado Kennet Carvalho, o investigado mantinha um casamento sem que Dayara soubesse. O suspeito e a vítima tiveram um relacionamento de aproximadamente um ano e meio. “Ela acreditava que era a esposa. Ela foi enganada”, afirmou o delegado.Em seguida, conforme o delegado, o investigado teria até enviado uma geolocalização pelo telefone da vítima, afirmando que estava em Itumbiara.
O delegado explicou ainda que, no dia da morte de Dayara Talissa, o investigado saiu de carro com um funcionário. Durante o trajeto, ele alterou a rota e pediu ao funcionário que olhasse para a carroceria do veículo, onde estava o corpo. Em seguida, ele disse para o funcionário ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime.
Segundo o delegado, o funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e as postou no status da vítima para criar uma falsa localização. A outra suspeita envolvida ficou com o telefone da vítima por cerca de 10 dias e, posteriormente, descartou-o no córrego.
Nota da defesa de Paulo Antônio Herberto Bianchini:
Em atenção à imprensa, em virtude de notícias veiculadas sobre o indiciamento do Sr. Paulo Antônio Eruelinton Bianchini em razão da morte da Sra. Dayara Talisssa Fernandes da Cruz, a defesa vem esclarecer que:
O Sr. Paulo Antônio é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa, não possuindo em seu passado nenhuma conduta que o desabone. Ademais, não se ocultou às medidas de investigação penal, pois compareceu espontaneamente perante a autoridade policial quando da decretação de sua prisão temporária e colaborou com as investigações, estando à disposição do Poder Judiciário para julgamento.
Por fim, os fatos que circunstanciam a morte da Sra. Dayara Talisssa ainda não foram esclarecidos por completo. Os depoimentos prestados até o momento demonstram uma fatalidade e não são conclusivos para comprovar um possível dolo do indiciado. Não existem imagens que mostrem o momento da morte, e qualquer especulação que transforme o acusado em condenado são levianas e passíveis de responsabilidade cível e criminal.Confiantes no julgamento do Poder Judiciário, estes são os esclarecimentos que entendemos suficientes para o momento.
Fonte: G1
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