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Brumadinho: Promotor diz que empresa alemã atuou com a Vale para dificultar fiscalização sobre barragens no Brasil

O coordenador do núcleo criminal do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apura a tragédia em Brumadinho, promotor William Garcia Pinto afirmou que a consultoria alemã TÜV SÜD tem sido usada pela Vale para dificultar a fiscalização sobre a segurança de barragens no Brasil. A empresa foi responsável por atestar a estabilidade da barragem B1 da mineradora, que se rompeu no dia 25 de janeiro.O promotor usou como exemplo uma investigação aberta pelo MPMG, em 2015, logo após o desastre da Samarco em Mariana. Na ocasião, William Garcia determinou a apuração da situação de todas as barragens em Brumadinho, inclusive, a B1, da Mina do Córrego do Feijão da Vale.Ele explicou que, em junho de 2018, a TÜV SÜD deu um laudo de estabilidade à Vale, em relação à barragem B1. Simultaneamente, uma geológa do Ministério Público encaminhou à Promotoria de Brumadinho, um pedido de documentos completares para análise aprofundada da estrutura. Cinco meses depois, um advogado da Vale protocolou o pedido de arquivamento do inquérito sobre a B1, após apresentar laudos da TÜV SÜD, que atestavam que não haviam riscos.O promotor esclareceu que o inquérito está em fase de apuração de uma série de provas colhidas com os suspeitos, como, por exemplo, a análise de 78 dispositivos eletrônicos apreendidos. Segundo William Garcia, são 23 investigados até o momento, entre executivos e funcionários da Vale, além de engenheiros da consultoria TÜV SÜD.

Procurada, a Vale disse que não comenta investigações em andamento. Já a consultoria TÜV SÜD disse que não comenta investigações em curso.

Fonte: G1


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