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Corpos de vítimas de avião que caiu em MG foram identificados por impressão digital, diz polícia

O médico-legista e coordenador da Superintendência de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil de Minas Gerais, Gerson Coelho Cavalcante Júnior, disse nesta terça-feira (30) em Belo Horizonte, que os corpos das vítimas que morreram na queda de um avião em Itapeva, no Sul do estado, só foram identificados por meio da papiloscopia, ou seja, por impressão digital. Das sete vítimas, seis já foram identificadas.

No caso do menino Antônio Neves Silveira, de 2 anos, o método não foi suficiente para identificá-lo. Análise de DNA é aguardada para concluir o processo.

“Como não encontramos dados em documentos pré-existentes, foi colhido material biológico para exame de DNA, que já foi colhido e enviado para o Instituto de Criminalística e está em processamento”, explicou Cavalcante.
Ainda segundo ele, para a identificação dos corpos é preciso passar por etapas biológicas e, no caso de Antônio, a finalização dos exames deve sair nos próximos dias ou na semana que vem.

Ele disse que o método de identificação por DNA é comparativo e tem que passar por quatro etapas.

São elas:

Verificar se o material retirado do corpo é viável para extração de DNA;
Extrair propriamente o DNA;
Comparar o DNA extraído com o material dos supostos parentes;
Concluir a identificação do corpo pelo método DNA.
Fragmentos
“Os corpos se encontram prejudicados, fragmentados. (…) A medicina legal descreve essa fragmentação, descreve essas lesões até chegar à conclusão da causa mortis. Isso já está em fase de elaboração do laudo médico legal dentro do prazo legal”, disse o legista.
Como os corpos das vítimas da queda do avião chegaram muito lesionados, Cavalcante disse que houve duas missões no processo de identificação:

Os enterros
Nesta terça-feira (30), seis das setes vítimas do acidente aéreo foram enterradas.

O empresário Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos;
A mulher dele, Raquel Souza Neves Silveira, de 40;
O sócio de Marcílio, André Rodrigues do Amaral, de 40;
A mulher de André, Fernanda Luísa Costa Amaral, de 38;
O piloto do avião, Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira;
O copiloto Gabriel de Almeida Quintão Araújo, de 25.
Marcílio, Raquel e Gabriel foram velados e enterrados no Cemitério Parque Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, Região Norte de BH.

Já André e Fernanda foram sepultados em Carmópolis de Minas, na Região Centro-Oeste do estado.

Quem são as vítimas de queda de avião em MG
Avião que caiu em MG transportava dois empresários e familiares para BH após fim de semana em chácara

O acidente
A aeronave decolou do Aeroporto Campo dos Amarais, em Campinas (SP), às 10h09 deste domingo (28), com destino ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (veja vídeo da decolagem abaixo).

Segundo o Corpo de Bombeiros, ela caiu às 10h36 e se desintegrou no ar antes de atingir o chão.

Avião que caiu em Itapeva e matou 7 pessoas saiu de Aeroporto em Campinas

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião, de modelo Piper PA46, foi fabricado em 1996 e tinha registro para serviço aéreo privado. Ele estava com situação normal para aeronavegabilidade.

Até o momento, as circunstâncias do acidente são desconhecidas. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar o caso.

Sete pessoas – dois empresários e parentes, piloto e copiloto – estavam na aeronave. Todas morreram. Veja quem são as vítimas:

Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos, era um dos fundadores e presidente da Associação Nacional de Empresas Correspondentes Bancárias (Anec) e da empresa CredFranco. Nas redes sociais, ele se dizia apaixonado por cavalos.

André Rodrigues do Amaral, de 40 anos, era sócio de Marcílio Franco, na CredFranco, e fazia parte do conselho da Anec desde a fundação da associação.

Fonte: G1


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