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Mulher filmada agredindo casal gay em SP responde processo por suspeita de golpe de R$ 200 mil em SC

Jaqueline Santos Ludovico, filmada e identificada como a agressora de um casal gay em uma padaria em São Paulo no sábado (3), responde a um processo que está em tramitação na Justiça de Santa Catarina por suspostamente ter aplicado um golpe em uma empresa de Tubarão, no Sul do estado. O caso é de 2021 e teve a última movimentação na terça-feira (6).

Conforme o despacho do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) de 2021, a empresa de marketing que está no nome de Jaqueline teria recebido por meio de PIX, valores que se somados chegam a R$ 200 mil para fazer anúncios publicitários.

O serviço, no entanto, não teria sido feito. A reportagem procurou as advogadas de Jaqueline sobre o caso, mas no telefone do escritório a ligação foi desligada inúmeras vezes. A defesa da autora da ação disse que a cliente foi vítima do “golpe da publicidade” (leia abaixo).

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O processo deu entrada no TJSC em 6 de dezembro de 2021. Durante a tramitação, a empresa que teria sido vítima do golpe conseguiu bloquear R$ 2.282,28 da conta bancária de Jaqueline e R$ 426,15 da empresa no nome dela.

A informação do processo foi publicada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada posteriormente pelo g1.

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O processo ainda tramita na Justiça catarinense e na terça-feira (6) foi movimentado. O g1 não conseguiu acessar a íntegra dos documentos, mas questionou o tribunal na manhã de quinta-feira (8) para saber o andamento do caso. Até a última atualização do texto não houve retorno.

A reportagem também procurou a defesa da empresa que entrou com o processo, mas não houve retorno até a manhã desta sexta-feira (9).

Caso
O jornalista Rafael Gonzaga, um dos homens que sofreram homofobia, contou ao g1 que, além dos xingamentos, também foi agredido fisicamente e ficou com o nariz sangrando. Ele também informou que teve de realizar ao menos cinco chamadas ao 190, da Polícia Militar, até conseguir ser atendido.

Gonzaga ligou para a polícia pela primeira vez por volta de 4h40, mas só por volta de 5h30 apareceu uma viatura no local. Mesmo com a chegada dos agentes, ele foi informado que a agressora não seria presa em flagrante porque os PMs não presenciaram a ação.

No vídeo gravado pela vítima, a agressora chegou a dizer que “os valores estão sendo invertidos” (veja vídeo acima).

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Depois, a mulher foi contida e passou a agredir as vítimas com termos homofóbicos, como “veados”. Em determinado momento, a agressora atirou um cone contra os dois. A confusão continuou e foi parcialmente filmada.

O que diz a defesa da autora da ação
E nota, a defesa da autora da ação contra a mulher que agrediu o casal informou em nota que a cliente “é parte lesada no denominado ‘golpe da falsa publicidade’, perpetrado pelas partes supracitadas, o qual resultou em um grande prejuízo financeiro”. Leia abaixo.

“O escritório SILVA CONCEIÇÃO, atuando na qualidade de representante legal [nome da cliente], vem, por meio desta nota, esclarecer e informar à imprensa e à sociedade em geral sobre os desdobramentos da ação judicial cautelar em curso contra a empresa JSL Marketing e Assessoria LTDA, bem como sua sócia-administradora.

A Sra [autora] é parte lesada no denominado “golpe da falsa publicidade”, perpetrado pelas partes supracitadas, o qual resultou em um grande prejuízo financeiro.

Os autos desta ação foram protocolados em dezembro de 2021, assim como também registrado o boletim de ocorrência no departamento competente da Polícia Civil de Santa Catarina, porém, lamentavelmente, até o momento, não houve êxito na recuperação do valor desviado, apesar dos esforços diligentes empregados para o bloqueio de contas bancárias e bens pertinentes.

O escritório SILVA CONCEIÇÃO reitera seu compromisso em buscar a integral reparação dos danos sofridos pela Sra. [nome da autora] e está empenhado em colaborar com as autoridades competentes para a devida responsabilização dos envolvidos nos ilícitos perpetrados.

Salientamos que todos os esforços jurídicos estão sendo empregados para garantir a efetiva administração da justiça e a proteção dos direitos de nossa cliente e demais vítimas afetadas por estas práticas criminosas.

Fonte; G1


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