Quase dois anos depois do desaparecimento de Alessandra Dellatorre, que sumiu em 16 de julho de 2022, aos 29 anos, após sair para caminhar em São Leopoldo, a Polícia Civil confirmou, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (18), que foi localizada a ossada da mulher.
A ossada foi encontrada em uma área de mata no limite entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul no dia 7 de junho. O corpo estava no terreno do 18º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército e foi visto por militares que limpavam o local.
Após a localização, a perícia atestou a identificação da vítima a partir de um exame de arcada dentária. “A odontologia legal nos deu a identificação baseada na documentação odontológica que tínhamos da Alessandra”, diz Maiquel Santos, diretor-geral adjunto do Instituto-Geral de Perícias (IGP).Com a localização da ossada, o inquérito do desaparecimento de Alessandra foi encerrado, segundo a Polícia Civil. Um novo inquérito será instaurado para apurar as circunstâncias da morte. Não há indicativos de que tenha ocorrido crime, ainda de acordo com a Polícia Civil.Sobre a localização do corpo em suas dependências, o Exército afirma que está “colaborando com o caso e já instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar possível existência de crime militar”
O desaparecimento
Alessandra desapareceu após sair para caminhar na Avenida Unisinos, em São Leopoldo, e não foi mais vista. Segundo a família, ela não levou o celular, nem documento de identificação. Imagens de câmeras de segurança mostram Alessandra usando um moletom preto e calça da mesma cor.
O local em que Alessandra foi vista pela última vez é próximo a um lugar com vegetação alta. A polícia, com auxílio dos bombeiros e de voluntários, fez buscas pela região à época. Cães farejadores e um helicóptero auxiliaram nos trabalhos. Cartazes com o rosto de Alessandra foram espalhados pelo local.
“Os fatos são que ela entrou naquela mata e não temos certeza de que ela saiu. Os cães farejadores não conseguiram dar certeza de que ela saiu”, avaliou a delegada Mariana Studart, em entrevista à RBS TV quando o desaparecimento completou 1 ano.
Nota do Exército:
“O 18º Batalhão de Infantaria Motorizado (18º BIMtz) informa que durante a realização de uma patrulha de rotina localizou indícios de restos mortais humanos dentro dos limites de seu Campo de Instrução.
Os supostos restos mortais foram encontrados parcialmente enterrados em área de densa cobertura vegetal e de difícil acesso, junto à cerca que faz divisa com a área ocupada pelos trilhos da empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb).
As patrulhas são realizadas, periodicamente, com a finalidade de assegurar a integridade do Campo de Instrução que possui área total de 523.103,995 m², coberto por vegetação nativa com algumas estradas e trilhas em seu interior, sendo demarcado por meio de cercas e placas de aviso de ‘Área Militar’.
O fato está sendo apurado pelos Órgãos competentes em uma investigação, outras informações deverão ser obtidas junto à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul.
O 18º BIMtz está acompanhando e colaborando com o caso e já instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar possível existência de crime militar.”
Fonte: G1
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