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Sarampo tem redução de 44,4% de casos suspeitos em Manaus

Manaus já registra uma redução de 44,4% no número de notificações de casos suspeitos de sarampo, conforme os dados do 30º Informe Epidemiológico de Monitoramento, divulgado pela Prefeitura de Manaus, nesta terça-feira, 2/10. O boletim aponta que a capital, desde o início do surto, em fevereiro deste ano, tem o total de 7.984 notificações, o que engloba 913 casos já confirmados da doença, 6.594 casos em investigação (aguardando resultado laboratorial) e 477 descartados.

 A redução foi registrada no período de 29 de julho a 22 de setembro, em comparação ao número contabilizado de 3 de junho a 28 de julho. Segundo o prefeito Arthur Virgílio Neto, a baixa na notificação de casos suspeitos vem ocorrendo a cada semana e tem mostrado sustentabilidade, mas as ações de prevenção precisam ter continuidade, porque o vírus ainda circula no Amazonas, além de outros Estados brasileiros.

“Aumentar a cobertura vacinal é a única forma efetiva de controle do surto, não somente em Manaus, como também em todo o território nacional. Por isso, fizemos uma grande mobilização em escolas e de casa em casa para proteger a população, sobretudo as crianças. Atingimos a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, mas nosso esforço continua até que o sarampo esteja novamente erradicado em Manaus”, destaca o prefeito.

 Entre os casos suspeitos notificados de 2 a 22 de setembro, 20,4% foram em crianças menores de um ano. Vale lembrar que o Ministério da Saúde não recomenda a vacina para menores de seis meses e a proteção dessas crianças só pode ser garantida com uma cobertura vacinal adequada entre a população. “Os adultos têm a responsabilidade de procurar a vacinação e, assim, reduzir o risco para as crianças nessa faixa etária, que tem mais chances de desenvolver complicações graves pela doença, podendo levar ao óbito”, alerta o prefeito de Manaus.

 Além da Campanha Municipal contra o sarampo, que vacinou 204.837 crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos, a Prefeitura de Manaus desenvolveu ações de varredura de casa em casa nos bairros com maior número de notificações da doença, intensificação vacinal em pontos estratégicos, ações de saúde para a prevenção em comunidades mais suscetíveis, reforço nas ações de rotina nas 183 salas de vacina no município, com primeira e segunda dose da vacina, e ações de bloqueios vacinais a partir da notificação dos casos suspeitos, totalizando 773.443 doses aplicadas somente este ano.

 “Os profissionais de saúde trabalharam e continuam trabalhando, diariamente, para garantir essa redução das notificações dos casos de sarampo em Manaus. Foram planejadas e executadas campanhas de comunicação e educação em saúde, houve a contratação de novos profissionais por meio de processo seletivo, aquisição de insumos, entre outras estratégias executadas. O resultado tem sido positivo, mas o alerta máximo dos serviços de saúde e entre a população precisa ser mantido”, reforça o secretário da Semsa, Marcelo Magaldi.

 Como exemplo na redução de casos suspeitos, Magaldi compara os dados registrados na semana epidemiológica nº 29, que vai de 15 a 21 de julho, quando houve a notificação de 823 casos suspeitos da doença, e a semana epidemiológica nº 38, do período de 16 a 22 de setembro, que registrou apenas 71 casos suspeitos. “É importante que a população entenda que só será possível verificar o fim do surto de sarampo em Manaus após 90 dias sem nenhuma notificação de novos casos suspeitos da doença. A vacina é a única forma de prevenção e todas as pessoas de seis meses a 49 anos precisam ser imunizadas para reduzir a suscetibilidade da doença entre a população”, pontua.

 Outra preocupação nos serviços de saúde é a migração de faixa etária da doença para adolescentes e jovens adultos que ainda não receberam a vacina ou receberam apenas a primeira dose. No período de 2 a 22 de setembro, 22,8% dos casos suspeitos atingiram pessoas na faixa etária de 15 a 19 anos; 21,8% em pessoas de 20 a 29 anos; e 14,4% na faixa de 30 a 49 anos. “Com mais de 200 mil crianças vacinadas em campanha, a migração na faixa etária já era esperada. A Semsa alerta adolescentes e adultos para que procurem uma Unidade de Saúde e façam uma avaliação da situação de imunização, sem esquecer de completar o esquema vacinal, que, conforme a faixa etária, pode exigir mais de uma dose de vacina”, finaliza Marcelo Magaldi.

 Exames

A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), Marinélia Ferreira, informa que o Ministério da Saúde repassou, no final de setembro, ao Laboratório Central do Governo do Amazonas (Lacen), um novo lote com 60 kits para a realização do exame de confirmação ou descarte dos casos de sarampo.

 

Os novos kits serão utilizados para o processamento de uma parte das amostras de casos suspeitos de sarampo que aguardam a confirmação laboratorial. “Com cada kit é possível realizar até 90 exames e, por isso, deverá ocorrer um incremento no número de casos confirmados nas próximas semanas. São casos que já estavam aguardando a realização dos exames. Felizmente, o registro de novos casos suspeitos tem apresentado redução de forma contínua semanalmente e isso mostra que as ações executadas estão sendo eficientes”, afirma Marinélia Ferreira.

 Faixa etária

Entre todas as 7.984 notificações de sarampo, que abrangem também os novos casos suspeitos, 26,8% estão na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida da faixa etária de 15 a 19 anos (23,4%), de 30 a 49 anos (15,4%) e menores de um ano (14,3%). Entre os 913 casos confirmados, a faixa etária mais atingida é a de menores de um ano (24,3%), seguida das faixas de 20 a 29 anos (19,8%) e de um a cinco anos (19,7%), e de 15 a 19 anos com 13,8% do total de confirmações.

 Distrito

Por território, o Distrito de Saúde Norte (Disa Norte) apresenta o maior número de notificações com 35,6% do total. O Disa Leste vem em seguida com 32,3%, Disa Sul com 17,6%, Disa Oeste com 13,4% e Disa Rural com 1,1%.

 A lista com as 183 salas de vacina do município de Manaus está disponível no site da Semsa (http://semsa.manaus.am.gov.br).

Fonte: Semsa/PMM


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