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Especialista debate saúde no envelhecimento com pré-aposentandos

A aposentadoria não é o fim da vida; é uma fração da vida. Por isso, continuar cuidando do corpo e da mente é uma necessidade para quem quer envelhecer com saúde. A afirmação do geriatra Euler Ribeiro, foi compartilhada com os servidores pré-aposentandos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que nesta terça-feira, 30/10, durante participação do quarto módulo do Programa Orientação para Aposentadoria aos Pré-aposentandos (Prepara Prev), da Manaus Previdência.

“O tema de hoje é importante por estarmos trabalhando com servidores que já estão na faixa do que chamamos de ‘envelhecentes’”, destaca a coordenadora do Setor Psicossocial da Manaus Previdência, Darla Gondim. “Isso exige um trabalho de sensibilização e reflexão sobre como cada um está conduzindo suas vidas, a fim de entrarem na idade idosa com saúde e autonomia”, diz.

Criado com o objetivo de orientar os futuros aposentados do município sobre questões que abrangem a nova etapa de vida, o Prepara Prev foi formatado em seis módulos, cada um abordando um aspecto na vida do futuro aposentado. O quinto módulo será no dia 29/11 e consistirá num passeio ao Museu da Amazônia (Musa), instalado na Reserva Adolfo Ducke, na zona Norte de Manaus. E no dia 13/12, o programa encerra, com a palestra “A família como rede de suporte na aposentadoria”.

A experiência na Semsa é um piloto da atividade, que ao seu término passará por avaliações por parte da Manaus Previdência para o devido aperfeiçoamento e, em 2019, aplicar aos pré-aposentandos de outras secretarias.

Conviver sempre

Isolamento é uma palavra que costuma acompanhar muitas pessoas que se aposentam, abrindo caminho para um inimigo poderoso: a depressão. “Não apenas o aposentado, mas a família não se prepara para a aposentadoria”, afirma Ribeiro, explicando que essa transição ainda representa uma mudança muito brusca em relação ao indivíduo que saía diariamente para trabalhar e que era uma das bases da estabilidade da família e, em alguns casos, o provedor do núcleo familiar. “Aí também acontecem alguns choques, como a redução da remuneração, que passa a ser provento; o fato de ficar sozinho, enquanto os demais membros saem para os seus afazeres, e os cuidados pessoais que passam a ser necessários”, lembra.

Para começar a mudar essa perspectiva, o geriatra destaca que é fundamental que os indivíduos compreendam que o envelhecimento é um processo natural e, por isso, há a necessidade de sempre cuidar da saúde. “Envelhecer não é sinônimo de doença. Além do cuidado com o corpo, a mente precisa ser exercitada e um dos passos para isso é manter as relações sociais, seja com os antigos colegas de trabalho, seja com novos amigos”, ensina.

Neste aspecto, Ribeiro destaca que a família pode auxiliar nessa transição, se autopreparando para lidar com o aposentado. “Para isso, os modernos processos de comunicação estão disponíveis a qualquer um para estudar sobre o tema”, diz. “A minha mensagem principal é enfatizar que a aposentadoria não é o fim da vida. É o fim de uma fase da vida e que você continua vivo, podendo produzir, prosperar e viver com alegria”, finaliza.

Fonte: Manaus Previdência/PMM


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