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Pelo fim da violência obstétrica: maternidades de Manaus recebem rodas de conversa

A partir desta segunda-feira (26), maternidades de Manaus passam a receber rodas de conversas pelo fim da violência obstétrica e humanização do parto, em projeto que faz parte da programação dos “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” e acontece em todo o território nacional.

Na capital amazonense, com promoção da Secretaria de Secretaria de Estado de Sade (Susam), as oito maternidades receberão o atendimento. A programação será pela manhã, de 9h às 11h, e à tarde, de 14h30 às 16h30, nas maternidades do Alvorada, Ana Braga, Balbina Mestrinho e Instituto da Mulher, Azilda Marreiro, Chapot Prevost, Nazira Daou e Moura Tapajós.

As atividades seguem na terça (27), na Praça Heliodoro Balbi, das 17h as 19h, com distribuição de folders e apresentação do Grupo de Maracatu Baque Mulher. No dia seguinte (28), haverá a aula magna, proferida pela a doutora Maíra Tekemoto, sobre violência obstétrica e evidencias científicas, no Palacete Provincial, com abertura do Grupo Musical Nhambé e show de encerramento com a cantora Cinara Nery.

Trabalho sistemático
De acordo com a coordenadora estadual da Rede Cegonha, da Susam, Luena Xerez, durante todo o ano, a secretaria, em parceria com o comitê, realiza um trabalho sistemático com profissionais das maternidades, voltado para a conscientização e combate à violência obstétrica, além de estar trabalhando junto ao comitê na implantação do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Obstétrica.

“Violência obstétrica é todo ato de violência cometido durante a gestação, no atendimento de pré-natal ou na hora do parto. Uma ofensa com palavras, um procedimento sem consentimento da paciente, um olhar de reprovação, estão entre os atos que configuram violência obstétrica e muitas pessoas nem tem consciência disso”, explica Luena Xerez.

A coordenadora também destaca que a violência pode ser cometida por qualquer profissional dentro das unidades de sade. “Desde o atendimento dado pelas pessoas da recepção até os médicos, enfermeiros, todos precisam acolher essa mulher bem e de forma satisfatória. Muitas das vezes, pela falta de informação, pacientes e profissionais acabam não percebendo quando são vítimas e autores de violência obstétrica”, destaca Luena Xerez.

Plano Estadual
Ainda conforme Luana Xerez, está em vias de execução pelo comitê a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual está inserido a implantação do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Obstétrica.

“Construímos o Termo de Ajustamento de Conduta para ser assinado ainda nesse governo. É um plano de ação com 10 anos de duração, que possui o objetivo de reajustar a atenção ao parto, à previsão para assinar no final dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, afirmou Luena Xerez.

Dentre as ações do Termo já se incluem a reforma do Centro de Parto Normal da Balbina Mestrinho, em execução. E a disposição de enfermeiros obstetras durante o parto, em todas as unidades, como estratégia para redução de violência obstétrica e morte.

Ainda segundo Luena Xerez, toda a estratégia inserida no Plano Estadual e encampada pelo comitê segue as diretrizes do plano nacional do Ministério da Saúde que visa aperfeiçoar a rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. A estratégia vem sendo implantada gradativamente em todos os estados.

Fonte: G1/AM


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