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Samu opera no limite e sem capacidade para atender toda população de Manaus

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está operando no limite e não tem capacidade para atender toda a população de Manaus, informou o médico e diretor do serviço, Ruy Abrahim. Com alta de internações por Covid, Abrahim relatou ao G1 que não há ambulâncias suficientes para atender a todos, e que há também um déficit de pessoal (médicos , enfermeiros, técnicos e condutores).Até esta terça-feira (5), o Amazonas possui mais de 202 mil casos confirmados do novo coronavírus, com mais de 5,3 mil mortes. Diante do avanço da doença, a rede pública de saúde voltou a lotar. Nesta semana, o Estado registrou o maior número de novas internações por Covid-19 desde o início da pandemia: foram 183 pessoas hospitalizadas com a doença apenas nesta segunda.

A situação, segundo o médico, é semelhante ao período em que o Amazonas atingiu o pico da pandemia, nos meses de abril e maio. Com a rede de saúde pública superlotada, na época, doentes em Manaus passaram horas dentro das ambulâncias, em busca de um leito.De acordo com atualização mais recente da Fundação de Vigilância em Saúde (VS-AM), as UTIs públicas estão com 92% de ocupação e na rede particular essa taxa já chega a 94%. Com os hospitais lotados, as ambulâncias passam de hospital em hospital com o paciente, em busca de atendimento médico, segundo os relatos.

A técnica de Enfermagem do Samu, Miracema disse que o serviço vem enfrentando situações como as dos meses de abril e maio em Manaus, pico da pandemia.

“Ontem eu levei uma paciente de 79 anos para o SPA do Alvorada, não recebeu, médico não recebeu porque não tinha espaço, não tinha lugar, paciente saturando com 10 litros de oxigênio, saturando 88, 89 eu vim, o que deu pra cá”, contou.

Amazonas entra na fase roxa da pandemia e FVS aponta ‘alto risco’
Diante do avanço da Covid-19 no Amazonas, o Estado entrou na fase roxa na pandemia, que representa alto risco, de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). A informação foi divulgada durante reunião entre representantes do Ministério da Saúde e representantes do Governo do Estado.

Segundo a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, a situação é avaliada como de alto risco, em decorrência do aumento no número de casos, internações e óbitos pela doença.

“A nossa análise de risco está apontando que nós estamos num nível muito alto, de muito alto risco, portanto, nós saímos da fase vermelha e estamos na fase roxa. Nós tivemos um crescimento entre novembro e dezembro de 120% do número de casos em Manaus, onde nós passamos de 1.573 casos pra 3.452 casos (…) hoje nós temos uma média móvel de 700 casos novos todos os dias”, disse.

Fonte: G1


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