Analisado sob a perspectiva do tempo, o terceiro álbum do grupo pernambucano Mundo Livre S.A. – Carnaval na obra, lançado em 1998 e editado em LP dentro da série Clássicos em vinil neste mês de julho de 2018, ano em que o disco completa duas décadas – envolve fatos curiosos.
Carnaval na obra foi o primeiro disco gravado sem Otto por essa banda que tem lugar nobre na história do pop brasileiro por ter sido mentora do movimento recifense Mangue Beat ao lado da conterrânea Nação Zumbi de Chico Science (1966 – 1997).
Após ter gravado dois álbuns com o Mundo Livre como percussionista do grupo, Samba esquema noite (1994) e Guentando a oia (1996), Otto partiu para carreira solo que ganhou vulto com o lançamento do álbum Samba pra burro no mesmo ano de 1998 em que o Mundo Livre saiu para a rua com Carnaval na obra.
O terceiro álbum do Mundo Livre foi também o primeiro título do catálogo da então nascente Abril Music, gravadora que iria turbinar o mercado fonográfico do Brasil, no comando do executivo Marcos Maynard, até sair de cena por conta das próprias pretensões faraônicas.
Por fim, Carnaval na obra foi um disco formatado por quatro produtores – Apollo 9, Carlos Eduardo Miranda (1962 – 2018), Eduardo BiD e Edu K – que deixariam marcas no pop nacional.
Gravado quando o Mundo Livre S.A. era formado por Fred Zero Quatro (voz, cavaquinho, guitarra, violão, banjo e surdo), Tony (bateria, caixa de ferramentas, programação de bateria eletrônica e vocal), Fábio (baixo), Bactéria (teclados, guitarra e vocal) e Marcelo Pianinho (percussão), o álbum Carnaval na obra legou músicas como Bolo de ameixa e Quem tem bit tem tudo, ainda relevantes no repertório da banda 20 anos após o lançamento do disco.
Fonte: G1
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