- Cultura

Projeto ‘Raízes Amazônicas’ transforma fachada de unidade de Educação Infantil

Quando comunidade e escola se reúnem, bons frutos podem ser colhidos. No caso do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Maria de Lourdes, localizado no bairro Novo Israel, na zona Norte, a parceria com os grafiteiros Waldemir Nascimento, o ‘Cria’, e Anderson Pena levou ao muro da escola o projeto “Raízes Amazônicas”, que busca retratar artistas que ainda atuam no Amazonas.

O artista homenageado, no Cmei, foi Chico da Silva, autor de sucessos como ‘Esquadrão do Samba’ e ‘Pandeiro é Meu Nome’. A obra demorou três semanas para ficar pronta.

O Cmei atende, aproximadamente, 200 estudantes de 4 a 5 anos nos turnos matutino e vespertino e, de acordo com a gestora Célia Regina Agra, a ação na unidade de ensino despertou o interesse da criança pelo artista, além de ter dado ‘nova vida’ ao muro do centro.

“Nosso entorno ainda é de muita pichação e de pouco respeito ao patrimônio público e, quando os meninos vieram me procurar e perguntaram se podiam homenagear um artista nosso, vivo, usando nosso muro, para a gente foi uma honra. Fazer homenagem a artistas vivos foi uma proposta super interessante e ainda deixou a escola mais bonita. As crianças acharam interessante as cores, muitas delas ainda não conheciam o artista e nós começamos a falar sobre as músicas dele”.

Ela ainda acrescenta que a escola, enquanto espaço público de cultura, tendo essas gravuras nos muros, demonstra a união de elementos úteis e agradáveis, não só para as crianças, mas para toda a comunidade, ao perceber que áreas da cidade que receberam grafites não costumam ser depredadas.

A ideia de levar esse projeto para a escola surgiu quando o ‘Cria’, que mora no Alvorada, foi visitar o também artista Anderson Pena, que é vizinho da escola, e percebeu a situação dos espaços públicos. “Chegamos com a diretora, pedimos a permissão e ela cedeu o espaço. Depois veio a reflexão sobre como faríamos. A gente sempre levou só a fauna e flora. Com a visão dele (Cria), nós colocamos outro enfoque, através de outros meios de representar a Amazônia, como na cultura”, comenta Anderson.

Inclusive, ‘Cria’ acrescenta a importância de, além de mostrar outros aspectos da cultura local, homenagear os artistas ainda vivos, por produzirem e desenvolverem diversos projetos.

“A ideia do painel é de homenagear os artistas ainda vivos da cidade, porque eu sempre vi a galera da arte pintar artistas já falecidos ou de outras regiões, deixando nossa cultura de lado e isso me deixava inquieto, porque tem vários artistas bons aqui. A ideia do projeto é continuar para poder divulgar esses artistas que são pouco visados”, finaliza.

Fonte: Semed/PMM


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