O principal índice da bolsa brasileira, a B3, buscava se sustentar no azul pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira (13), em meio à falta de um viés único no exterior, com as ações da Vale referendando os ganhos, enquanto os papéis da Petrobras pesavam do lado negativo, com a queda do petróleo.
Às 11h30, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,54%, a 87.443 pontos. Veja mais cotações.
A Vale liderava os ganhos entre as blue chips, em meio à alta do minério de ferro no exterior e à maior calma nas relações comerciais entre China e Estados Unidos. As siderúrgicas também avançam, com Usiminas, CSN e Gerdau.
Por outro lado, Petrobras caía com os preços do petróleo em sessão negativa no exterior, pressionados por estoques globais elevados da commodity e declínio menor que o esperado nas reservas norte-americanas do produto. No Brasil, o imbróglio envolvendo a cessão onerosa segue fazendo com que os investidores se mostrem reticentes quanto aos papéis da estatal.
Cenário externo e local
Estrategistas citaram em relatórios a clientes mais cedo que o tom no exterior é relativamente positivo, com indícios de que EUA e China estão avançando em esforços para superar diferenças nas relações comerciais, além do voto de confiança que a premiê britânica Theresa May obteve de seu partido Conservador.
As altas recentes nos pregões europeus na véspera, contudo, abriram espaço para alguma realização de lucros na Europa, segundo o estrategista para pessoa física da Santander Corretora Ricardo Peretti.
“Os relatos de que a China está cumprindo as promessas feitas a (Donald) Trump no G20 estão ajudando os mercados a se tornarem lentamente menos pessimistas sobre as relações sino-americanas”, disse o analista Jasper Lawler, do London Capital Group, o que eleva a aposta de acordo no prazo de 90 dias.
Ele ressalta, porém, que os investidores continuam cautelosos, uma vez que já viram progresso apenas para que as relações passassem repentinamente para pior.
Do cenário doméstico, Peretti destacou em nota a clientes manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano na véspera, pela sexta vez consecutiva, embora já esperada, acrescentando que a expectativa no mercado é de que a taxa básica de juros continue em níveis baixos até o fim de 2019.
Na bolsa paulista, tal perspectiva tende a beneficiar setores como o de consumo, imobiliário e outros sensíveis ao movimento dos juros.
No dia anterior, o Ibovespa subiu 0,65%, a 86.977 pontos.
Fonte: G1
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