- Economia

Crescimento da Turquia desacelera no 2º tri e crise da lira afeta perspectivas

O crescimento econômico da Turquia desacelerou para 5,2% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira (10), no que as autoridades descreveram como um reequilíbrio econômico antes de um enfraquecimento já esperado no segundo semestre diante da crise cambial que o país enfrenta.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, tem supervisionado um crescimento forte durante seus 15 anos no poder, mas a economia enfrenta agora desafios após uma queda acentuada na lira, desencadeada em parte por preocupações acerca de sua influência sobre a política monetária.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de crescimento de 5,3% no primeiro trimestre. A lira se firmou a 6,4550 contra o dólar após a divulgação dos dados, de 6,4852 por dólar antes.

O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu 0,9% em termos ajustados sazonalmente e ao calendário em relação ao trimestre anterior, mostraram dados do Instituto de Estatística da Turquia. No ano passado, a economia cresceu 7,4%.

O crescimento foi impulsionado pela demanda doméstica, apesar de uma desaceleração moderada no consumo e investimentos no segundo trimestre, mas o enfraquecimento se tornará mais visível a partir do terceiro trimestre, disse o ministro das Finanças, Berat Albayrak.

O estrategista de câmbio para mercados emergentes do Rabobank, Piotr Matys, disse que, devido às preocupações com o superaquecimento da economia, a desaceleração a partir dos 7,3% no primeiro trimestre pode ser vista como animadora.

“A economia turca deverá perder ainda mais força nos próximos trimestre como resultado da significativa desvalorização da lira”, disse ele, acrescentando que a atenção está voltada para a reunião de definição de juros do banco central que acontecerá na quinta-feira.

Os investidores esperam que o banco central eleve os juros, mas a magnitude do aumento será crucial, acrescentou Matys. O banco deixou os juros inalterados em seu último encontro em julho, contra expectativas de alta.

Fonte: G1


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