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Deu pepino: entenda por que a hortaliça foi ‘vilã’ da inflação anual

O pepino foi o “vilão” na inflação oficial divulgada nesta quinta-feira (9). O produto liderou a lista dos itens que mais aumentaram de preço no ano, com 78,51% de alta, mais que a gasolina e o etanol.

Ele também teve a quarta maior alta no ranking agrícola no dado mensal, que compara o preço de agosto com julho, tendo um aumento de 23,09%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O encarecimento da hortaliça é ainda consequência das geadas, que destruíram cultivos em diversos pontos do país entre julho e agosto deste ano.

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O pepino não foi o único produto agrícola a ter destaque na inflação anual, a abobrinha teve a segunda maior alta, ficando 72,90% mais cara.

Ambos fazem parte da família das cucurbitáceas e, de maneira geral, precisam de temperaturas mais altas para se desenvolverem, explica a professora do departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) e Coordenadora do grupo de estudos e práticas em olericultura (GEPOL), Simone da Costa Mello.

As grandes quedas de temperatura, portanto, derrubaram a produção da hortaliça. A professora diz ainda que mesmo o cultivo em estufas, quando não climatizadas, é prejudicado pelo clima, já que o frio também afeta o local.

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Um dos principais estados produtores da hortaliça, inclusive, é São Paulo, que foi fortemente atingido pelas geadas.

Para minimizar as consequências deste problema, os agricultores optaram pela colheita antecipada dos pepinos que estavam em maturação. Entretanto, esses estoques já acabaram, o que também ajuda a subir o preço, informa a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Segundo a entidade, o maior volume comercializado de pepino comum em agosto veio do estado do Rio de Janeiro, com 1.023 toneladas, seguido por São Paulo, com 321 toneladas, Ceará (146 toneladas) e Bahia (143 toneladas). Sendo que estes dois últimos estados foram os que supriram a menor produção de São Paulo.

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De acordo com a Ceagesp, os agricultores têm a expectativa de que, se houver chuva suficiente, a colheita poderá ocorrer a partir de 40 dias, quando os preços começarão a cair.

Fonte: G1


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