O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (1), após ter encerrado o mês de março com alta de mais de 4%.
Às 12h34, a moeda norte-americana caía 1,12%, vendida a R$ 3,8711. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar encerou cotado a R$ 3,915. Em março, teve alta de 4,31% – a maior alta mensal desde agosto do ano passado (8,46%). No ano, a moeda norte-americana acumula alta de 1,05%.
No exterior, o cenário é de maior apetite por risco após dados inesperados de recuperação da indústria da China e sinais de progresso nas negociações entre Washington e Pequim, destaca a Reuters.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 4,843 bilhões.
Cenário local e externo
A maior disposição por risco no exterior beneficiava moedas emergentes nesta segunda-feira, mas o impacto sobre o real era em parte limitado ainda por resquícios das tensões políticas da semana passada, o que pôde ser percebido também no baixo fluxo de venda de dólares, destaca a Reuters.
“No caso do real não foi tão bom por causa do baixo fluxo de venda, ainda pela história da Previdência. Mesmo com o (ministro da Economia Paulo) Guedes tomando a frente com o (presidente da Câmara, Rodrigo) Maia, o mercado vai adotar a postura de ‘ver para crer'”, afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
O Índice de Gerente de Compra (PMI, na sigla em inglês) oficial da China mostrou, no domingo, que a atividade industrial cresceu inesperadamente em março pela primeira vez em quatro meses. O PMI do Caixin/Markit, divulgado nesta segunda-feira, também mostrou retorno ao crescimento da indústria do país.
Sinais de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China também endossam o apetite por risco. EUA e China disseram que fizeram avanços nas discussões concluídas na sexta-feira em Pequim, com Washington afirmando que foram “francas e construtivas”.
No domingo, a China disse que continuará suspendendo tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos EUA após 1º de abril, em um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas, um gesto de boa vontade após decisão norte-americana de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas.
Internamente, não há nada esperado na agenda política do dia, mas ainda há cautela depois das tensões políticas entre Executivo e Legislativo que aconteceram na semana passada, destaca a Reuters.
Para quarta-feira, está prevista a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e investidores monitoram com atenção a participação dele.
Fonte: G1
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