- Economia

Dólar opera em alta, esperando pistas sobre juros na ata do Fed; Ibovespa também sobe

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (3), em mais um dia de mercado global receoso. São altas as expectativas pela ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que será divulgada hoje e pode dar mais pistas do que pensam os dirigentes da política monetária dos Estados Unidos.

Com base nos últimos discursos, analistas estão mais pessimistas a respeito do momento em que as taxas serão cortadas, o que favoreceria os ativos de risco. Nessa esteira pessimista, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar
Às 13h35, o dólar operava em alta de 0,07%, cotado a R$ 4,9183. Na máxima do dia, foi a R$ 4,9405. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda americana teve alta de 1,28%, vendida a R$ 4,9148.

No ano de 2023, porém, terminou o ano com recuo de 8,06%. A máxima histórica da moeda americana foi em 13 de maio de 2020, quando custava R$ 5,9007. De lá para cá, já acumula queda de quase 18%.

Veja o balanço final de 2023 abaixo.

queda de 0,17% na semana;
recuo de 1,28% no mês;
perda de 8,06% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa opera em alta de 0,19%, aos 132.943 pontos.

Na véspera, o índice teve queda de 1,11%, aos 132.697 pontos.

No ano passado, a bolsa fechou com ganho de mais de 22,28%. Em termos anuais, este é o melhor resultado desde 2019, quando o índice teve alta acumulada de 31,58%.

O que movimentou os mercados?
O principal factual desta quarta-feira é a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Investidores avaliam as pistas dos rumos dos juros no país, depois de uma onda de pessimismo sobre o momento e velocidade de redução das taxas.

Como reporta a agência Reuters, as expectativas de mercado precificavam corte de 1,5 ponto percentual nos juros do Fed este ano, abaixo do 1,6 ponto visto na semana passada. Essa redução reflete temores de que, talvez, o banco central norte-americano não poderá ser tão brando na condução da política monetária quanto o previsto no final do ano passado.

O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas, tinha alta de 0,18% pela manhã. Mas amenizou a pressão depois dos dados de vagas de emprego nos EUA.

Nesta quarta, foram divulgados os números do relatório Jolts, que mostra as condições de oferta e demanda de mão de obra no país. As vagas caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, evidenciando a desaceleração das condições do mercado de trabalho norte-americano.

As vagas caíram 62 mil, para 8,790 milhões no último dia de novembro. Os dados de outubro foram revisados ligeiramente para cima, mostrando 8,852 milhões de vagas de emprego.

Economistas consultados pela Reuters haviam previsto 8,850 milhões de vagas de emprego em novembro. As vagas de emprego caíram de um recorde de 12,0 milhões em março de 2022.

A taxa de desemprego, no entanto, permanece abaixo de 4% conforme as empresas acumulam trabalhadores após as dificuldades de encontrar mão de obra depois da pandemia da Covid-19.

Mas a grande expectativa é para o principal indicador da semana, o relatório de emprego não agrícola dos EUA (“payroll”), que é um dos mais analisados pelo Fed e dará mais indicativos da situação econômica do país na sexta-feira.

A expectativa de economistas é de criação de 168 mil empregos, de acordo com uma pesquisa da Reuters, após um aumento de 199 mil em novembro. O número previsto está abaixo do ganho médio mensal de 240 mil nos últimos 12 meses, mas bem acima dos cerca de 100 mil necessários por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Assim, a previsão é de que a taxa de desemprego suba para 3,8%, de 3,7% em novembro.

Por aqui, há repercussão da sanção com vetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto estabelece as regras para a execução do Orçamento deste ano.

Entre os trechos vetados, está um “cronograma” definido pelo Congresso para a execução das emendas parlamentares – que tinha o objetivo de aumentar o poder do parlamento sobre os gastos e, com isso, diminuir a barganha para liberar o dinheiro na véspera de votações importantes.

Lula também vetou um trecho incluído pela oposição conservadora no Congresso que proibia supostos gastos que afrontassem os “valores tradicionais” – por exemplo, despesas ligadas a aborto e a cirurgias de redesignação sexual.

São temas que podem gerar ruído no Parlamento, mas o deputado Danilo Forte, do União Brasil, relator da lei, disse que os vetos afetam o grande objetivo da LDO, que segundo ele é conferir maior previsibilidade e transparência na execução do Orçamento.

Fonte: G1


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