O dólar opera em queda, com investidores monitorando de forma cautelosa a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que pode começar a discutir a reforma da Previdência já nesta segunda-feira (15), e eventuais desdobramentos da intervenção do governo na Petrobras, destaca a Reuters.
Às 14h28, a moeda norte-americana caía 0,55%, vendida a R$ 3,8671.
Na sexta-feira, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que a reforma será o primeiro item da pauta da comissão desta semana, seguida da proposta que torna o Orçamento mais impositivo. Francischini reiterou que a intenção é votar a admissibilidade da proposta na CCJ nesta semana, mas afirmou que é difícil prever prazos.
“Segue no radar a iminente votação do parecer favorável à admissibilidade da PEC da nova previdência na CCJ da Câmara nesta semana, ‘passo’ que está dando calafrios inesperados ao mercado em meio à resistência do chamado ‘centrão’ e partidos de oposição”, disse a operadora H.Commcor em nota.
Ainda na esteira do imbróglio de sexta-feira envolvendo o governo e a política de preços da Petrobras, o mercado tem no radar reuniões entre membros do governo, inclusive o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do tema.
Na sexta-feira, o dólar chegou a R$ 3,9073 na máxima da sessão, depois que o presidente Jair Bolsonaro admitiu ter ligado para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, levando a estatal a recuar no reajuste que já havia sido anunciado, e ter dito que terá de ser convencido sobre o reajuste em uma reunião que convocou para terça-feira.
Prevalece entre agentes financeiros um clima de cautela no que tange o episódio envolvendo a Petrobras, movidos pela percepção de que a intervenção pode ter colocado o governo em uma posição mais complicada no lado político, o que alimenta temores sobre impacto na aprovação da Previdência.
Fonte: G1
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