- Economia

Dólar opera em queda com exterior e nova atuação do BC

O dólar opera em queda nesta terça-feira (4), sob influência do mercado internacional diante da preocupação com a economia norte-americana e os temores da guerra comercial mesmo depois da trégua entre Estados Unidos e China, e com mais um leilão de linha anunciado pelo Banco Central, de acordo com a Reuters.

Às 11h51, a moeda norte-americana caía 0,27%, vendida a R$ 3,8310. Veja mais cotações.

“O dólar perdendo terreno contra as principais divisas globais (parece ser um) movimento que indica remeter ao (banco central dos EUA) Fed e a (chairman) Jerome Powell mais cautelosos em termos de aperto monetário pelos EUA”, escreveu, segundo a Reuters, a corretora H.Commcor ao destacar ainda o recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida pública dos EUA).

No exterior, o dólar caía forte ante a cesta de moedas e ante as divisas de emergentes, como os pesos mexicano e chileno. Os rendimentos dos Treasuries caíam, com os juros do trecho mais curto superando os do mais longo, num achatamento da curva que não acontecia desde 2007 e que pode estar indicando uma desaceleração econômica iminente nos Estados Unidos, de acordo com a Reuters.

Diante dessa perspectiva, o Federal Reserve, banco central do país, pode subir menos do que o previsto a taxa de juros no país, e o chairman da instituição e a ata do último encontro de política monetária do Fed já indicaram isso na semana passada.

Os dados do relatório do mercado de trabalho dos EUA, na sexta-feira, serão, assim, um bom teste para o mercado, uma vez que um enfraquecimento dos números pode reforçar essa leitura, favorecendo a manutenção de recursos hoje aplicados em recursos emergentes como o Brasil.

A trégua comercial entre EUA e China também segue no foco, depois que, numa releitura, os investidores avaliaram que o encontro do final de semana ainda trouxe resultados muito pouco palpáveis e é preciso ver com andarão as negociações entre os países nos próximos 90 dias.

Cenário local
Internamente, as atenções se voltam novamente para a possibilidade de votação do projeto de cessão onerosa no Senado, após vários adiamentos. A aprovação permitirá leilão bilionário que ajudará o novo governo no ajuste das contas públicas.

A reforma da Previdência, principal aposta para esse ajuste, entretanto, ainda terá que ser negociada sob o chapéu do governo Jair Bolsonaro.

As declarações do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nesse sentido, no entanto, podem conter um pouco o otimismo do mercado, uma vez que avisou que o próximo governo não quer uma reforma apressada, embora a expectativa seja aprová-la no primeiro ano.

Atuação do BC
O Banco Central anunciou que fará nesta terça-feira mais um leilão de linha –venda com compromisso de recompra– com oferta de até US$ 1 bilhão, com o objetivo de dar liquidez ao mercado. No final de novembro, a autoridade já havia injetado US$ 3 bilhões em novos leilões de linha, além de ter rolado todo o vencimento de US$ 1,250 bilhão que venciam neste dia 4.

A autoridade também realiza nesta sessão leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de janeiro, no total de YS$ 10,373 bilhões.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la nas próximas três semanas, como previu o BC em nota, terá feito a rolagem integral.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,44%, vendida a R$ 3,8413.

Fonte: G1


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