O Google vai permitir o pagamento por PIX em sua carteira digital. O lançamento foi anunciado nesta terça-feira (30), em parceria com o C6 Bank e com o PicPay.
Segundo a diretora de operações de pagamentos do Google Pay para a América Latina, Elisa Joia, as transações por meio do PIX poderão ser feitas de três maneiras:
Transferência via chave de pagamento;
Transferência via leitura de QR Code; e
Transferência por meio do PIX Copia e Cola.
A executiva explica que, inicialmente, a modalidade só estará disponível para alguns usuários da carteira digital do Google e terá, a princípio, um limite de transação pequeno.
Segundo Joia, o lançamento acontecerá de forma gradativa e ainda não há previsão de quando a modalidade estará disponível para o público geral.
A ideia é que o Google funcione como um iniciador de pagamentos, ou seja, ele será responsável por autorizar a transação entre duas instituições, diminuindo, assim, o que o mercado chama de “fricção” — quando o usuário precisa acessar o aplicativo do banco para conseguir realizar a transação.
A disponibilidade do PIX como meio de pagamento na carteira digital do Google acontece por meio do open finance, um sistema de compartilhamento de dados financeiros supervisionado pelo Banco Central e que visa facilitar a criação de serviços mais customizados para os clientes.
Segundo o diretor de produtos para pessoas físicas do C6 Bank, Maxnaun Gutierrez, o PIX tem tido um papel “importantíssimo” no mercado financeiro brasileiro. Atualmente, de acordo com o executivo, 25 milhões de estabelecimentos aceitam PIX — número mais de 60% maior do que o total de lojas que aceitam cartões (15 milhões).
“O que esperamos agora é que a gente tenha escala na experiência e adoção do cliente, principalmente no e-commerce”, disse o executivo, reiterando que é justamente a redução da fricção na operação que deve trazer escala para a nova modalidade.
Segurança
O Google ainda reforçou uma série de medidas voltadas para a segurança do usuário que quiser utilizar o PIX com meio de pagamento em sua carteira digital.
De acordo com Joia, além do vínculo de compra — que obriga o usuário a ter a instituição financeira instalada no aparelho, para verificação — há soluções de criptografia e de reporte de fraude e um “rigoroso processo de verificação e autenticação”.
“A instituição financeira pode tomar a decisão de aprovar ou não a transação, sempre usando ferramentas de autenticação. A tecnologia sempre vai garantir que é aquele usuário usando aquele aparelho para fazer transação”, disse a executiva, reiterando que ainda há soluções na carteira com alternativas para casos de roubo.
Joia ainda indicou que o Google, como participante do open finance, segue especificações técnicas de segurança definidas e chanceladas pelo sistema financeiro.
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