O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou o 4º dia consecutivo de recordes nesta quinta-feira (30), aos 148 mil pontos. Mais cedo, chegou a renovar sua máxima intradia, atingindo 149.234 pontos, por volta das 12h. Já o dólar fechou em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,3804.
Os desdobramentos da política monetária norte-americana e os movimentos diplomáticos entre EUA e China estão no centro das atenções dos investidores. Além disso, dados econômicos locais e a divulgação de resultados corporativos no Brasil e no exterior também influenciaram no rumo da bolsa brasileira ao longo do dia.
Após reunião com Xi Jinping, Donald Trump anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar disso, o mercado reagiu com cautela.
Nos Estados Unidos, investidores acompanharam os discursos de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros na véspera.
No Brasil, dados do Caged mostraram que o país gerou 213 mil empregos formais em setembro deste ano. O número representa uma queda de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado e foi o pior resultado para setembro desde 2023.
Por fim, a temporada de balanços segue movimentando o Ibovespa. O índice caminha para uma nova máxima histórica nesta quinta-feira, que marcando o 19º recorde do índice em 2025. O destaque do dia é o resultado da Vale, que será divulgado após o fechamento do mercado e pode influenciar o desempenho da bolsa na sexta-feira (31).
Dolar
Acumulado da semana: -0,22%;
Acumulado do mês: +1,09%;
Acumulado do ano: -12,93%.
Ibovespa
Acumulado da semana: +1,78%;
Acumulado do mês: +1,74%;
Acumulado do ano: +23,69%.
Trump e Xi Jinping firmam acordo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que chegou a um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, para reduzir as tarifas aplicadas a produtos chineses. Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%.
Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%.
Em troca, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
Trump também disse que o país asiático vai comprar “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas.
Trump afirmou que Xi prometeu uma “ação firme” sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país.
“Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan.
O Ministério do Comércio da China confirmou que o país e os EUA concordaram em estender sua trégua comercial temporária por mais um ano, como parte de um acordo que eles alcançaram depois que as principais autoridades econômicas se reuniram na Malásia na semana passada.
Os dois líderes se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre Trump e Xi desde o retorno do republicano à presidência dos EUA em janeiro, durou quase duas horas.
EUA em paralisação pelo 30º dia
A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 30º dia nesta quinta-feira (30), sem previsão de encerramento. No Capitólio, o Senado se reúne, mas ainda não há votação marcada para reabrir o governo.
Enquanto isso, os impactos da falta de financiamento se intensificam, atingindo programas essenciais e milhões de cidadãos. Um dos pontos mais críticos é o risco de interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que beneficia mais de 40 milhões de americanos e pode ficar sem recursos já neste sábado (1º).
A pressão sobre os parlamentares aumenta, e há sinais de que as negociações entre os partidos começam a ganhar força, ainda que lentamente. Líderes como o senador John Thune indicam que há mais diálogo entre democratas e republicanos nos bastidores.
Junto a isso, a volta de Trump de sua viagem à Ásia também pode influenciar os rumos das conversas.
Enquanto isso, milhares de servidores públicos continuam afastados ou trabalhando sem remuneração. A crise já afeta serviços essenciais: na quarta-feira, a Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou a suspensão temporária de voos em aeroportos importantes por falta de pessoal.
Fonte: G1
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