- Economia

Monitor do PIB aponta crescimento de 1,8% em maio, diz FGV

A economia brasileira cresceu 1,8% em maio, na comparação com abril, aponta o Monitor do PIB divulgado nesta sexta-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Frente a maio de 2020, a atividade econômica cresceu 13,4%.

Já no trimestre móvel terminado em maio houve retração de 0,9% na comparação com o trimestre móvel terminado em fevereiro. Em relação ao mesmo trimestre móvel do ano passado, no entanto, houve crescimento de 9,7% do indicador.

O dado da FGV mostrou cenário melhor que o indicado pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central. A prévia divulgada pelo banco na quarta-feira (14) apontou queda de 0,43% do PIB em maio, frente a abril – resultado pior que o esperado pelo mercado, que estimava um crescimento de 1,05% no mês.

Segundo o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, o ritmo intenso de crescimento da economia na comparação com o ano passado se deve à baixa base de comparação. Ele enfatizou que, a despeito do resultado positivo, a atividade econômica do país ainda não retomou o patamar pré-pandemia.

“A economia ainda se encontra 0,7% abaixo do nível que detinha em fevereiro de 2020, período anterior ao início da pandemia no país. Esses resultados mostram que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia”, enfatizou o pesquisador.

Na análise desagregada, todos os componentes da demanda apresentaram crescimento na série trimestral interanual.

Segundo a FGV, essa base de comparação (trimestre móvel contra igual trimestre móvel do ano anterior) foi usada por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes

Consumo das famílias
Segundo o Monitor do PIB, o consumo das famílias cresceu 10,1% no trimestre móvel terminado em maio na comparação com o mesmo período do ano passado.

A FGV apontou que houve crescimento em todos os componentes de consumo, com destaque para produtos duráveis (49,8%) e semiduráveis (71,6%). “Essas taxas, de certa forma, devolvem as fortes quedas apresentadas em abril e maio de 2020”, destacou a FGV.

Investimentos
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que aponta a taxa de investimentos no país, cresceu 29,3% no trimestre – taxa superior ao dobro da queda registrada no mesmo trimestre do ano passado.

Segundo a FGV, a alta do indicador de investimentos foi puxada, principalmente, por máquinas e equipamentos. “Isso se deveu, em grande parte, ao crescimento de automóveis, caminhões e veículos automotores em geral”, destacou a instituição.

Exportação e importação
As exportações tiveram alta de 12,3% no trimestre, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Segundo a FGV, todos os componentes da exportação registraram crescimento no período.

Já as importações apresentaram crescimento de 28,5% no mesmo trimestre móvel. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento de bens intermediários (38%) e bens de capital (32,6%).

“Cabe destacar que a importação de serviços apresentou resultado positivo neste trimestre (10%) pela primeira vez desde julho de 2019”, destacou a FGV.

Fonte: G1


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