- Economia

PIB do Brasil sobe 0,8% no 1° trimestre de 2024 puxado por comércio, diz IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4). Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março.

O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda de 0,1%.

Dentro do setor de serviços, o destaque do trimestre ficou com o Comércio, que avançou 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também tiveram crescimento, de 2,1% e 1,6%, respectivamente.

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro e com as estimativas do Governo Federal (leia o que disse o ministro Fernando Haddad mais abaixo).

Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 2,5%, também como uma consequência positiva do setor de serviços.

Em 2023, o PIB cresceu 2,9% e somou R$ 10,9 trilhões, em termos nominais, o que voltou a colocar o Brasil no grupo das 10 maiores economias do mundo.Sobre as atividades que se destacaram na composição do PIB do primeiro trimestre, da ótica da oferta, Palis pontua “o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”.

Em contrapartida, Palis explica que houve uma mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia nos primeiros meses do ano em relação ao que foi observado nos anos anteriores.

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE destaca que, com as importações (6,5%) bem maiores que as exportações (0,2%), o setor externo está, na verdade, puxando o PIB para baixo.

Isso porque, com um dólar mais barato, ficou mais fácil importar, principalmente com os investimentos em bens de capital, enquanto a demanda pelas principais commodities exportadas pelo Brasil tem sido mais baixo em nível global.

Ela afirma, ainda, que a agropecuária, apesar de ter registrado crescimento no primeiro trimestre, “não está com um desempenho favorável como em anos anteriores”, o que acaba afetando as exportações deste ano.

Segundo Palis, a razão para esse pior desempenho é um cenário ruim para a agricultura, que tem um peso de cerca de 70% em toda a agropecuária. Os eventos climáticos, com destaque para o El Niño, são os principais responsáveis pelos impactos negativos no setor.

No trimestre, a taxa de investimento no Brasil foi de 16,9% do PIB, número levemente menor que os 17,1% registrados no mesmo período do ano anterior. A taxa de poupança também caiu, de 17,5% no primeiro trimestre de 2023 para 16,2% agora.

Contribuições em valores correntes

O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões nos primeiros três meses de 2024, dos quais R$ 2,4 trilhões são referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios, explica o IBGE.

Deste total, a maior contribuição (mais da metade) da ótica da oferta vem do setor de serviços: R$ 1,6 trilhão. A indústria contribuiu com R$ 573,7 bilhões para o PIB do primeiro trimestre, enquanto a agropecuária somou R$ 192,2 bilhões.

Já da ótica da demanda, o consumo das famílias totalizou R$ 1,8 trilhão do PIB, enquanto o consumo do governo foi de R$ 442,8 bilhões, e Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF) foi de R$ 458,8 bilhões.

Fonte: G1


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