A expectativas no Campeonato Nacional dos EUA recaíam sobre Caeleb Dressel, que oscilou, e Katie Ledecky, que não decepcionou. Mas foi um outro atleta, que até há pouco estava na adolescência, quem roubou os holofotes na competição, que era classificatória para o Pan-Pacífico de Tóquio, neste mês de agosto – do qual Brasil e Austrália, entre outros, também participarão -, e os Jogos Pan-Americanos de Lima e o Mundial de Gwaungju, em 2019.
Michael Andrew, de 19 anos, conquistou quatro vitórias no torneio realizado em Irvine, na Califórnia, e saiu em alta para defender a seleção norte-americana principal nos eventos deste e do próximo ano. Ele triunfou nos 100m peito, 50m borboleta, 50m peito e 50m livre. Em todas estas distâncias obteve as melhores marcas de sua vida.
Andrew é um nadador versátil, que explodiu nos Campeonatos Mundiais júnior de Indianápolis, em 2015, e Cingapura, em 2017. Somadas as duas participações, ele obteve dez medalhas, das quais quatro de ouro, três de prata e três de bronze. Também era elogiado por seus desempenhos em piscina curta (25m) – em 2016, obteve três pódios, entre eles um dourado, no Mundial adulto de Windsor, no Canadá, em 2016.
Havia dúvidas, porém, sobre sua performance em piscina longa (50m), a mais importante por ser a metragem padrão para os Jogos Olímpicos. E ele correspondeu. Embora tenha começado com apenas o 26º tempo no geral nos 100m livre, na quarta-feira, cresceu à medida que o torneio avançou. Primeiro, bateu na quinta-feira o favoritíssimo Caeleb Dressel para levar o título nacional dos 50m borboleta (prova não olímpica). Depois, na sexta, triunfou em outra distância não olímpica, os 50m peito, com direito de recorde da competição.
Os grandes saltos, no entanto, vieram neste sábado e domingo. No sábado, Andrew surpreendeu atletas mais cotados, como o medalhista olímpico nos Jogos do Rio Cody Miller, e venceu os 100m peito com a marca de 59s38, a nona melhor do ano. A vitória o classificou para o Pan-Pacífico de Tóquio e encerrou quaisquer dúvidas em relação ao seu potencial.
– Estou super feliz com isso. É uma prova de 100m. É um evento olímpico e me colocou no time de Tóquio – comemorou Andrew no sábado, após bater em primeiro.
Neste domingo, ele desbancou Dressel novamente, desta vez nos 50m livre. Andrew venceu a prova com o tempo de 21s49, 18 centésimos à frente do rival, que detém a melhor marca de todos os tempos da distância (21s15) se desconsiderados os trajes tecnológicos que foram permitidos pela Fina (Federação Internacional de Natação) em 2008 e 2009 – o recorde mundial, que pertence a Cesar Cielo (20s91), é de 2009. Com isso, Andrew também disputará a prova no Pan-Pacífico na capital japonesa.
Agora, ele quer manter sua ascensão com duas idas a Tóquio. A primeira, agora em agosto de 2018. A segunda, daqui a dois anos, nos Jogos Olímpicos de 2020.
Fonte: Globo esporte
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