- Esportes

Bethe Correia diz que Amanda Nunes mudou após título: “Dizem que era bem mais humilde”

Fazer média nunca foi parte do estilo de Bethe Correia. Ex-desafiante ao cinturão do peso-galo (até 61kg), a lutadora costuma falar o que pensa, esbanjando sinceridade. Nesta segunda-feira, ao comentar o momento da categoria que atualmente tem Amanda Nunes como campeã, a Pitbull fez duras críticas à Leoa ao declarar que escuta muitas reclamações sobre a compatriota, que teria mudado após conquistar o cinturão, em 2016.

– A anáilse que faço é do que chega a mim, do que escuto as pessoas falarem. Vejo tanto no meio esportivo, como de fãs, as pessoas reclamando muito da antipatia, da postura de se achar, do jeito da Amanda, principalmente depois de ser campeã. Dizem que era bem mais humilde, mais legal, essa é a repercussão que vem. De outros campeões não escuto muito isso, dela escuto mais, é o que chega a mim. Quando uma ou outra pessoa fala, você entende, mas quando centenas de pessoas falam, algo de errado existe – afirmou, em entrevista ao podcast “Mundo da Luta” (escute na íntegra abaixo).

A lutadora ainda comparou Amanda com sua última adversária, Cris Cyborg. Na opinião de Bethe. a Leoa, que nocauteou a rival e conquistou também o cinturão peso-pena (até 66kg), não conseguiria repetir o resultado em caso de revanche. E ela foi além: acha que as chances de Amanda Nunes perder o título dos galos contra Holly Holm, dia 6 de julho, no UFC 239, são grandes.

– Acho que a Amanda está no momento dela, cada atleta tem seu momento. Eu não acho em nada, absolutamente nada, a Amanda melhor que a Cris Cyborg. Acho a Cris Cyborg superior em tudo: em técnica, em postura de campeã, em ser atleta, em lidar com público, com fã, de ser exemplo. E fora de camp a Cris é uma atleta 100%. Não sei como ela se preparou, como estava a cabeça dela, acho que alguma coisa tinha que deu errado. Luta é 50% a cabeça. Acho que, às vezes, se você não está bem ali, teve alguma coisa. Mas tenho certeza que se tivesse a revanche, que acho que a Amanda nunca vai dar porque tem consciência disso, seria um resultado bem diferente. E quanto a luta dela com a Holly, acho as chances de Holly vencer muito boas. Talvez este momento da Amanda passe ou não, mas acredito muito que a Holly é melhor que a Amanda neste aspecto de lutadora – analisou.

Sem lutar há quase dois anos após ter que fazer uma cirurgia nos olhos, Bethe acredita que seu retorno é fundamental para a categoria. Ela está escalada para enfrentar Irene Aldana no dia 11 de maio, no UFC Rio 10.

– Eu acho que essa categoria está em um momento ótimo para mim. A Bethe Coreia precisa voltar, a categoria está muito parada, muito triste, está na hora de eu voltar mesmo e fazer as coisas acontecerem. É a Amanda ali, que não sabe se vai para 66kg, está sem graça, sem sal, precisando da Bethe de novo. É o momento da minha categoria e eu não vou deixar a minha categoria. Eu trago ousadia, eu mexo a categoria, eu tenho que estar mais ativa. Infelizmente não podia, estou há dois anos sem lutar, mas estou a voltando, fazendo a categoria se movimentar e as pessoas se interessarem novamente pelas lutas do peso-galo.

A última lembranaça de Bethe Correia lutando no Rio de Janeiro não é das melhores. Ela foi nocauteada por Ronda Rousey em 2015, quando disputou o cinturão, e saiu insatisfeita com a postura da torcida carioca, que demonstrou carinho pela americana. Agora, espera ter recepção diferente no duelo contra Aldana.

– Foi verdade. Teve sim, isso (de ficar insatisfeita com a torcida). Na época fiquei bastante triste porque abracei mesmo a bandeira brasileira, lutei muito pelo Brasil, treinei sem o apoio de ninguém, com a família me patrocinando e queria muito ter vencido pelo Brasil. Independente de vencer, eu tentei e me decepcionei. Mas hoje, não. Se quiserem torcer por mim, ficarei muito feliz, mas se quiserem torcer para a Irene, cada um torce por quem quer. Minha mente abriu muito, cada um faz o que quer. Independente de torcer por mim, sempre vou torcer e lutar pelo Brasil. Sou patriota, amo o Brasil e faço a minha parte. Cada um dá o que tem. Mas não tenho ressentimento e ficarei feliz se a torcida do Rio me acolher, vou abraçar com muito carinho – concluiu.

UFC 237
11 de maio de 2019, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília):
Peso-palha: Rose Namajunas x Jéssica Bate-Estaca
Peso-médio: Jared Cannonier x Anderson Silva
Peso-pena: José Aldo x Alexander Volkanovski
Peso-meio-médio: Thiago Pitbull x Laureano Staropoli
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Carlos Diego Ferreira
Peso-meio-pesado: Rogério Minotouro x Ryan Spann
CARD PRELIMINAR (18h15, horário de Brasília):
Peso-leve: Thiago Moisés x Kurt Holobaugh
Peso-galo: Irene Aldana x Bethe Correia
Peso-leve: B.J. Penn x Clay Guida
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Sérgio Moraes
Peso-galo: Raoni Barcelos x Said Nurmagomedov
Peso-galo: Talita Bernardo x Melissa Gatto
Peso-mosca: Luana Dread x Priscila Pedrita

Fonte: Globo esporte


There is no ads to display, Please add some

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *