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Caneta, bronca e “fim da paz”: a guerra de risos entre Neymar e Filipe Luís na Seleção

Filipe Luís declarou guerra a Neymar depois de uma sequência de ação no último treino da seleção brasileira no CT do Tottenham, em Londres. Uma caneta do atacante, uma tentativa de revide em forma de bolada do lateral-esquerdo. Uma conversa tensa. E gargalhadas, muitas.

Neymar, 26 anos, e Filipe Luís, 33, não poderiam ser mais diferentes. Um tem no vídeo game e no pôquer seus hobbies atuais, é uma estrela mundial, tem amigos celebridades e adora Wesley Safadão, Thiaguinho, entre outros ídolos populares. O outro joga torneios de xadrez online, é cinéfilo, estuda o universo e venera o compositor alemão Hans Zimmer, de centenas de trilhas sonoras.

Mas eles não se desgrudam. Competitivos ao extremo, não perdem uma oportunidade de tirar uma casquinha do outro.

O sol batia com força nos rostos e câmeras dos jornalistas quando Neymar passou a bola por entre as pernas do lateral, na roda de aquecimento, em Londres. Imediatamente, os outros jogadores, cientes da ira de Filipe Luís, começaram a rir. Neymar, eufórico, gritou e fez sinais para os câmeras:

Depois, com Filipe ainda contrariado, tentou “acalmar” o amigo:

– Relaxa, ninguém filmou.

O lance obviamente foi para as redes sociais, onde Alisson, Thiago Silva, Arthur e Douglas Costa, entre outros jogadores frequentemente convocados, deixaram seus comentários.

Filipe Luís só foi titular da Seleção com Tite quando Marcelo não pôde atuar, mas goza de imenso prestígio com a comissão técnica e os demais jogadores. Em campo, nos treinamentos, sabe exatamente seu papel.

Na primeira atividade de Lucas Moura, que jamais havia sido convocado por Tite, o lateral-esquerdo fez questão de incentivar seus acertos. Ele sabe que um grito, um aplauso, pode ser o diferencial para que o novato sinta-se em casa e possa ter um desempenho melhor.

Nesse mesmo treino, ele foi desafiado por outro bom amigo, Alisson, quando ficou cara a cara com ele: “Chuta! Chuta!”, insistiu o goleiro, que fez duas defesas.

Uma das razões para ter ido à Copa do Mundo depois de incrível recuperação – Filipe Luís quebrou o pé em março – é justamente a alta competitividade que ele empresta até ao menos relevante dos treinamentos. Tite e sua comissão técnica valorizam seu jeito de ser. O lateral-esquerdo não dá a menor bola para a faixa de capitão, embora a tenha recebido de Neymar, por ordem de Tite, quando o atacante foi substituído contra os Estados Unidos, mês passado.

Nessa incursão de Neymar no mundo da liderança, por sinal, Filipe tem sua importância. É um dos que compartilham a prática de comandar o grupo da Seleção no dia-a-dia, mesmo sem a faixa. E esse é um de seus trunfos para se manter convocado numa das posições mais concorridas, com Marcelo, Alex Sandro e outros postulantes em constante boa fase.

Fonte: Globo esporte


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