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Com Bruninho na torcida, Brasil vence primeiro teste contra o Canadá no tie-break

O primeiro teste da seleção masculina de vôlei em 2019 teve emoção, sinais de um grupo que se reuniu há poucos dias e vitória no tie-break na noite desta quarta-feira, em Campinas.

Contra o Canadá, o time de Renan Dal Zotto oscilou, como era de se esperar para um início de trabalho, mas mostrou a tradicional força sair de situações adversas para vencer por 3 sets a 2 (21/25, 25/17, 21/25, 25/20 e 15/10). O time ficou duas vezes em desvantagem e contou com o talento Douglas Souza, a força de Isaac e a potência de Wallace para virar.

Entre os aproximadamente 2,5 mil torcedores que lotaram o Ginásio do Taquaral, uma presença ilustre que poderia muito bem estar na quadra chamou a atenção: o levantador Bruninho. Titular da seleção, ele ganhou alguns dias de descanso da comissão técnica, mas, de passagem por Campinas para visitar a família, fez questão de prestigiar os companheiros.

Wallace e Douglas Souza, com 16 pontos cada, foram os principais pontuadores da seleção brasileira na partida.

Com dois amistosos em sequência, Renan dividiu o grupo e usou 11 dos 15 jogadores disponíveis. Lucarelli e Lucão, por exemplo, ficaram o tempo todo no banco, mas certamente estarão em ação na sexta-feira, quando os times voltam a se enfrentar, às 21h30, novamente no Ginásio do Taquaral, com transmissão do SporTV2 e Tempo Real do GloboEsporte.com.

Na reta final de preparação, o Brasil estreia na Liga das Nações dia 31 (sexta-feira), contra os Estados Unidos. A primeira etapa será disputada na Polônia. O calendário da seleção ainda reserva as disputas do Pré-Olímpico, do Pan-Americano, do Sul-Americano e a Copa do Mundo.

O jogo
Saque canadense complica seleção

Um ataque de Wallace e um bloqueio de Maurício Souza levantaram a galera no Taquaral logo de cara, mas o Canadá não se intimidou e virou para 4/2, variando entre ataques na ponta e pelo meio. O central Arthur Szwarc deu trabalho no saque e forçou Renan a pedir tempo com 7/4 para os canadenses, que na volta chegaram a abrir 9/5. O Brasil reagiu apenas na reta final, quando Douglas Souza e Wallace passaram a ser mais acionados. Entre acertos próprios e pontos de graça que o Canadá entregava em erros de saque, a seleção encostou: 21/22. Só que o Canadá não vacilou quando teve o set point à disposição e fechou em 25/22 num saque tático de Vernon-Evans.

Brasil entra no jogo

A derrota no primeiro set parece ter acordado a seleção. O saque, o bloqueio e o ataque começaram a funcionar em uma sintonia melhor, tirando o Canadá da zona de conforto. O resultado foi uma vantagem de 10/5. Quando o Canadá esboçava encostar, Cachopa acionava Douglas Souza para manter uma margem de segurança. Wallace também foi mais efetivo. No serviço do oposto, o Brasil abriu 16/9. Confiante com as viradas dos seus atacantes, Cachopa também apareceu no bloqueio para fazer 19/10. Sem permitir uma reviravolta no placar, a seleção conduziu o set com tranquilidade. O time até desperdiçou o primeiro set point, mas contou com um saque para fora dos canadenses para fazer 25/17 e igualar o jogo.

Canadá na frente de novo

A terceira parcial começou com as equipes trocando pontos. Bastou uma sequência de desatenção do Brasil para o Canadá desgarrar um pouco: 9/6. A diferença de três pontos durou até Rodriguinho emplacar dois ataques seguidos e fazer a seleção colar no placar: 10/11. Mas a resposta canadense foi imediata para restabelecer a vantagem: 13/10. A oscilação brasileira e a regularidade canadense aumentaram o prejuízo para 17/12. A seleção teve a chance de diminuir, mas Wallace forçou o levantamento para Douglas Souza na ponta. Quando Douglas Souza foi para o serviço, o Canadá tinha quatro set points a favor. O ponteiro tirou um no saque. O pedido de tempo do técnico Hoag Glenn reorganizou o Canadá para virar a bola seguinte, com Loeppiky: 25/21.

Troca tática

Com Lucas Lóh no lugar de Rodriguinho, Renan tentou equilibrar a equipe. Em um primeiro momento, a aposta deu certo, e a seleção saiu com 3/0 de frente. O Canadá foi buscar e igualou em 3/3. Os times seguiam pontuando mais por falhas adversárias do que méritos próprios. Com o Brasil contra a parede, Wallace chamou a responsabilidade e passou a monopolizar os ataques. O Canadá fez a leitura perfeita da situação e conseguiu neutralizá-lo. Aos pedidos de “Lucarelli” por parte da torcida, Cachopa, então, precisou buscar alternativas na distribuição. Isaac se agigantou na rede, Douglas e Lóh também apareceram, mas a disputa continuava apertada: 17/17. Cachopa buscava acionar Wallace com frequência, mas o oposto estava bem marcado. O jeito foi apostar na divisão de responsabilidade até Wallace voltar ao jogo. O placar de 23/18 deu a folga necessária para a seleção alcançar a vitória na parcial, por 25/20, em pancada de Douglas Souza, e levar a definição para o tie-break.

Tie-break

Sem Cachopa, que sentiu o ombro esquerdo na reta final do quarto set, coube a Thiaguinho conduzir a seleção na parcial decisiva. O levantador mostrou que acompanhava atentamente à partida do banco e soube envolver todas as opções ofensivas. Ele ainda realizou uma recuperação mágica para inflamar a torcida e também o time no começo do tie break. No serviço de Isaac, o Brasil fez 7/3. Daí em diante, a troca de pontos beneficiou a seleção. E ficou ainda mais confortável quando Wallace finalizou um contra-ataque para fazer 11/05. Com o ginásio de pé, Maar errou o ataque e selou a vitória brasileira por 15/10 na parcial e também no jogo.

Escalação Brasil: Cachopa, Isaac, Rodriguinho, Douglas Souza, Maurício Souza, Wallace e Thales (líbero). Entraram: Maique (líbero), Lucas Lóh, Rafael Araújo e Thiaguinho.

Fonte: Globo esporte


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