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Ex-chefe da Ferrari diz que GP de Singapura 2008 foi fraudado

Nas pistas Felipe Massa vem de uma recente inédita vitória na Stock Car, na etapa de Cascavel. Fora delas, ele segue em litígio pelo título de 2008 da F1, aguardando resposta da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e Formula One Management (FOM) à carta que oficializa o processo. O brasileiro recebeu apoio do amigo e ex-chefe da Ferrari, Jean Todt, que defendeu o cancelamento do GP de Singapura de 2008 e reconheceu que a escuderia poderia ter adotado outra postura na época.

– Não entro em polêmica. Mas para ele (Massa) foi muito difícil psicologicamente. Talvez pudéssemos ter sido mais incisivos quando essa história veio à tona. Não há dúvida de que o GP de Cingapura foi fraudado e deveria ter sido cancelado – disse Todt ao periódico italiano “La Stampa”.

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O Singapuragate se refere à batida intencional de Nelson Piquet Jr para favorecer a vitória de seu colega da Renault, Fernando Alonso. O incidente fez com que Massa, pole position e líder, visitasse os boxes, onde a mangueira de reabastecimento ficou presa em seu carro e ele quase bateu com Adrian Sutil, punido pelo incidente.

O escândalo só veio a público no ano seguinte, em 2009, no GP da Hungria. O regulamento esportivo da época apontava que o resultado de um campeonato só poderia ser contestado antes da cerimônia de premiação da FIA, realizada em dezembro de cada ano para premiar o campeão da F1.

Todt foi chefe da escuderia entre 1994 e 2007, comandando-a nos seis títulos de construtores de Schumacher. O francês assumiu o cargo de consultor especial até 2009, função que desempenhava na época do Singapuragate, e foi substituído como chefe por Stefano Domenicali – hoje presidente da F1. O convívio fez surgir a amizade com Massa, que representou a Ferrari entre 2006 e 2013.

Massa caiu para 13º na corrida e no fim da temporada, perdeu o título para Lewis Hamilton por apenas um ponto de desvantagem. O resultado do campeonato, porém, passou a ser contestado após o ex-chefão da F1 Bernie Ecclestone sugerir que o comando da categoria já sabia da intencionalidade da batida de Piquet Jr, mas manteve silêncio para proteger a integridade do esporte.

O brasileiro então deu início ao seu processo judicial com o ajuizamento de uma carta que, pelas regras da Justiça do Reino Unido, deve anteceder qualquer processo. Nela, FIA e FOM são entendidas como conspiradoras, prejudicando Massa pelo Singapuragate nos âmbitos esportivo, moral e financeiro, com ele sofrendo ainda perda estimada de dezenas de milhões de euros.

O último prazo para a resposta da carta era 15 de novembro, mas não há uma data ou previsão de quanto tempo a ação deve exigir no decorrer do processo.

Essa não foi a primeira vez que Todt foi questionado sobre o pleito de Massa pelo título de 2008. Ao visitar a etapa do Oval de Goiânia da Stock Car em agosto deste ano, o francês, que também presidiu a FIA de 2009 a 2021, esquivou-se de comentar sobre o processo.

Fonte: Globo Esporte


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