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Ex-jogador de basquete, John Allan quer ficar com o contrato do Contender Brasil

A partir da Olimpíada de Tóquio, o basquete 3×3 será um esporte olímpico e John Allan Arte poderia ser um dos atletas do Brasil. Poderia, se ele não tivesse largado as quadras e conhecido o muay thai. Hoje com um cartel de 12 vitórias e quatro derrotas no MMA, John Allan vai ter a chance de lutar o Contender Series Brasil e acredita que fez a opção correta.

– Eu estudava de manhã, chegava da aula, pegava a bola e passava o dia inteiro jogando. Nesse meio tempo eu fui parando de crescer, fui ficando mais baixo que a maioria dos meus amigos que jogavam e eu fui vendo que a minha melhor opção era ir pro caminho da luta. Hoje eu digo que a arte marcial significa tudo na minha vida: eu consegui pagar minha faculdade com as lutas, pagar tudo que eu tenho hoje por causa da arte marcial – explicou.

O lutador da equipe Chute Boxe Curitiba cresceu em um bairro bem simples da capital paranaense. Apesar de morar numa vila dominada por sua família, John Allan teve contato com o crime e as drogas. E ele acredita que passar ileso por isso foi mais uma vitória na vida dele.

– Eu cresci numa região pobre de Curitiba, aonde eu tive todas as oportunidades de ir pro lado errado da coisa. Onde o crime e a droga eram sempre evidentes. Muitos amigos meus de infância hoje estão presos, estão viciados em drogas, estão no mundo do crime. Além da minha família, o esporte foi a alavanca que eu precisava para me distanciar de vez disso – lembra.

Como todo lutador de MMA, o sonho de John Allan é ser campeão do UFC. Mas se engana quem pensa que esse especialista em muay thai é apenas mais um lutador comum. Formado em Educação Física, ele tem um pensamento bem definido em relação ao seu tempo em cima do octógono.

– Eu sei que essa carreira não é muito longa, por isso que eu busquei me profissionalizar e me formei. Eu tenho o objetivo de lutar, no máximo, até os 37 anos, porque esse esporte é meio ingrato e você vai do céu ao inferno muito rápido. Até lá, quero ser campeão e ter uma estrutura boa para eu conseguir parar de lutar bem e montar minha própria equipe – disse.

Apesar de ser uma pessoa calma, o lutador de 25 anos esbanja confiança na hora de falar do seu confronto com Vinícius “Mamute” Castro na categoria meio-pesado (até 93kgs) pelo Contender Series Brasil. Ele garante que vai nocautear seu adversário e sair com o contrato do UFC nas mãos.

– Eu quero me mostrar para o mundo. Essa é a oportunidade de me mostrar para o mundo. Dana White, eu estou me preparando muito para essa luta e o meu recado eu vou dar em cima do octógono. Eu tenho certeza que quando terminar minha luta, eu vou ser contratado pelo UFC – sentenciou.

O Contender Series Brasil terá três episódios no total, com cinco lutas em cada um. O Canal Combate transmite às sextas-feiras, 19h. A Rede Globo exibe uma versão reduzida do programa, apresentada por Felipe Andreoli, aos sábados, após o “Zero1”. O SporTV reprisa o programa na íntegra às segundas-feiras, 22h.

Fonte: Globo esporte


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