A lista de brasileiros tentando a sorte no Draft 2019 da NBA ganhou mais quatro nomes. Felipe dos Anjos, de 20 anos, Túlio da Silva, 22 anos, Dikembe André, de 23 anos, e Michael Uchendu, 21 anos, se inscreveram na tentativa de estar entre os 60 escolhidos na noite de 20 de junho, no Barclays Center, em Nova York. Felipe, o mais jovem deles, tem 2,21m, é pivô, nasceu em São Paulo, tem contrato com o Real Madrid e joga a Liga ACB emprestado ao Melilla. Já Túlio da Silva, ala, nasceu em Formiga, Minas Gerais, e joga a NCAA pelo Missouri State. Terminou a temporada com médias de 14.3 pontos, 7,4 rebotes e 0,7 assistências por partida. Dikembe André, paulista, jogador do Paulistano, é pivô e foi campeão brasileiro no ano passado pela equipe. E Uchendu, ex-Bauru, já havia colocado seu nome no ano passado e retirado.
Felipe dos Anjos, por sinal, é visto por pessoas do basquete como um garoto com futuro brilhante. Além da altura, que naturalmente já o diferencia, tem anos de rodagem na Europa desde a base. Tanto é que o Real Madrid, apesar de emprestá-lo por mais uma temporada, segue com ele em sua base de talentos contratados. O jogador, inclusive, deve ser um dos dois jovens que a CBB irá juntar aos 15 pré-convocados para a Copa do Mundo da China. A ideia é dar rodagem ao menino e tê-lo perto de Aleksandar Petrovic, treinador croata que quer conhecer o garoto mais de perto.
Já Túlio da Silva surgiu para o basquete aos 14 anos. Foi para o Olímpico, em Belo Horizonte. Fez parte de seleções estaduais e do Brasil até que em 2014 partiu para o sonho americano. Em agosto de 2015, começou a estudar em South Florida, mas não teve autorização para jogar por questões burocráticas. Brilha no Missouri e com a decisão de se inscrever no Draft, poderá treinar com Atletas da Liga e fazer o Draft Combine. Depois, terá a decisão de manter a sua elegibilidade ou de voltar e continuar a jogar College, tendo até o dia 29 de maio para decidir.
– Só gostaria de agradecer a Deus por me deixar jogar basquete. Depois de conversar com minha família e técnico, eu anuncio que irei para o Draft 2019 da NBA. Enquanto evoluo nesse processo e sonho de jogar na NBA, vou manter minha elegibilidade para a NCAA. Obrigado por se juntar a mim nessa jornada – disse Túlio da Silva em suas redes sociais.
Os quatro nomes se juntam a Didi, da seleção brasileira e de Franca, que na semana passada se inscreveu no Draft, e a Yago Matheus, armador do Paulistano e também da seleção, que pelo segundo ano seguido coloca seu nome no Draft (em 2018 ele se inscreveu mas depois retirou a candidatura). Yago, por já ter tentado, não pode mais retirar o nome. Se não for draftado, torna-se agente livre.
Já Didi tem até o dia 10 de junho para retirar sua candidatura. Do contrário, caso não retire e não seja draftado, também será agente livre na NBA. Dos demais brasileiros, Felipe dos Anjos se testa pela primeira fez na liga americana e pode tirar o nome até o dia 10. O mesmo acontece com Dikembe. Mas Uchendu tem situação idêntica à de Yago.
Fenômeno do basquete universitário dominará holofotes no Draft
O ala Zion Williamson, da Universidade de Duke e com apenas 18 anos, é o grande favorito para ser a primeira escolha do Draft, que acontece dia 20 de junho. O jovem é considerado o atleta mais promissor a chegar à NBA desde LeBron James. Figura icônica do basquete americano desde os tempos do colegial, Zion impressiona por sua combinação atleticismo, força física e técnica.
Apesar de não ter conseguido evitar a eliminação da tradicional equipe de Duke nas semifinais regionais, Williamson foi eleito o melhor jogador da temporada da NCAA com médias de 22.6 pontos, 8.9 rebotes e 1.8 tocos por partida.
Com a recente reforma da loteria do Draft, as equipes que tiveram as três piores campanhas da fase regular têm cada, 14% de chance de ficar com a primeira escolha. Por isso, New York Knicks, Cleveland Cavaliers e Phoenix Suns são os favoritos a ficarem com Williamson. A definição dessa ordem de escolha acontece no próximo dia 14 de maio. Outros nomes que prometem fazer barulho no recrutamento do dia 20 de junho são o armador Ja Morant (Murray State), e o ala-armador R.J. Barrett (Duke).
Muito explosivo e rápido, Morant é constantemente comparado a De’Aaron Fox, do Sacramento Kings. Trata-se de um grande criador de jogadas e sabe como distribuir o jogo de maneira efetiva. Barrett, por sua vez, foi companheiro de Williamson em Duke. O jovem está bem cotado no Draft por ser uma ótima arma ofensiva para qualquer equipe, exímio tanto nos arremessos quanto nas infiltrações. Em sua passagem por Duke, ele teve médias de 22.6 pontos, 7.6 rebotes e 4.3 assistências. O Draft 2019 da NBA acontece em Nova York, no ginásio do Brooklyn Nets.
Os brasileiros que já foram draftados
Marquinhos Abdalla, em 1976, 162ª colocação (pelo Portland Trail Blazers)
Oscar Schmidt, em 1984, 131ª posição (pelo New Jersey Nets)
Rolando Ferreira, em 1988, 26ª posição (pelo Portland Trail Blazers)
Nenê Hilário, em 2002, 7ª posição (pelo New York Knicks e trocado para o Denver Nuggets)
Leandrinho, em 2003, 28ª posição (pelo Phoenix Suns)
Anderson Varejão, em 2004, 30ª posição (pelo Orlando Magic e trocado para o Cleveland Cavaliers)
Rafael Araújo (Baby), em 2004, 8ª posição (pelo Toronto Raptors)
Marquinhos, em 2006, 43ª posição (pelo New Orleans Hornets, atualmente Pelicans)
Tiago Splitter, em 2007, 28ª posição (pelo San Antonio Spurs)
Paulão Prestes, em 2010, 45ª posição (pelo Minnesota Timberwolves)
Fab Melo, em 2012, 22ª posição (pelo Boston Celtics)
Lucas Bebê, em 2013, 16ª posição (pelo Boston Celtics e trocado para o Atlanta Hawks)
Raul Neto, em 2013, 47ª posição (pelo Atlanta Hawks e trocado para o Utah Jazz)
Bruno Caboclo, em 2014, 20ª posição (pelo Toronto Raptors)
Fonte: Globo esporte
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