Moscou – Neymar não está mais na Copa do Mundo, mas continua sendo assunto na Rússia. Nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, tanto o ex-técnico Carlos Alberto Parreira quanto o ex-atacante Van Basten comentaram a participação do atacante brasileiro no Mundial. Além disso, o ex-treinador da Seleção Brasileira ainda defendeu a permanência de Tite à frente da equipe nacional.
“O Neymar é um grande jogador, que sofre muitas faltas pela qualidade que tem e que pode ter exagerado algumas vezes. Mas esta Copa do Mundo foi um grande aprendizado para ele. Tenho certeza que a partir de agora ele vai se concentrar só em jogar futebol e mostrar toda a qualidade que tem”, disse o comandante da Seleção Brasileira no tetracampeonato, em 1994, nos Estados Unidos.
De qualquer forma, ele destaca a importância do camisa 10 para o Brasil, principalmente em se tratando das próximas Eliminatórias Sul-Americanas e também do Mundial do Catar, em 2022, quando terá 30 anos. “Ele é muito agredido e, às vezes, atrai a mídia toda contra ele. O importante é que ele pode nos ajudar.”
Já o holandês não poupou críticas ao comportamento de Neymar na Rússia, onde o jogador foi ‘acusado’ de cair demais e rolar no chão depois de cada entrada de qualquer adversário. “Acho que simular não é uma boa atitude. Você fazer isso não vai te ajudar. Acho que ele, pessoalmente, deveria entender essa situação”, declarou Van Basten.
COMANDO
Se tem esperança que Neymar ainda possa ser decisivo para a Seleção, Parreira também acredita que o certo é manter o técnico Tite. Apesar de considerar que faltou experiência à comissão técnica neste Mundial, ele confia no trabalho que vem sendo feito.
“Tem de dar continuidade ao trabalho do Tite, sou a favor que ele continue, é o melhor caminho para o hexa. Nós precisamos dos dois, do Neymar e do Tite. Nesta Copa, faltou experiência de Copa. Tínhamos bons jogadores, mas poucos com Copa. O estafe técnico também. O Brasil poderia ter ido mais longe. Fomos melhores no segundo tempo, controlamos o jogo, tivemos chance de marcar. Mas a Copa é muito decidida no detalhe”, afirmou o ex-treinador, que defendeu maior planejamento, mas também “fome e paixão” para ser campeão do mundo.
GRUPO
O grupo do estudos técnicos da Fifa é formado pelo ex-técnico Carlos Alberto Parreira, campeão com a Seleção Brasileira em 1994, Marco van Basten, ex-jogador e que defendeu a Holanda na Copa de 1990, Bora Milutinovic, técnico em cinco Copas do Mundo, Emmanuel Amunike, ex-jogador da Nigéria, e Andy Roxburgh, membro dos estudos técnicos.
É um grupo importante que tem, entre outras atribuições, escolher o melhor jogador da Copa do Mundo, definir os prêmios para artilheiros (os critérios de desempate é o número de assistências) e também para os exemplos de fair-play.
FONTE: SUPERESPORTE
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