A Rússia diz estar preparada para não repetir o exemplo do Brasil, que há quatro anos também organizou uma Copa do Mundo com 12 estádios e hoje lida com o fato de pelo menos quatro deles – Cuiabá, Brasília, Manaus e Natal – serem pouco usados como palcos do futebol de elite no país.
– Não prevemos ter nenhum problema como os do Brasil. Nossos times têm patrocinadores estáveis e contam com o apoio dos governos locais – declarou o presidente do Comitê Organizador Local da Copa de 2018, Arkadi Dvorkovich, durante uma entrevista coletiva na manhã deste sábado, em Moscou.
De acordo com o dirigente, só dois dos 12 estádios da Copa da Rússia não serão plenamente utilizados para jogos de futebol: o Lujniki, em Moscou, e o Fisht, em Sochi, porque ambos “fazem parte de estruturas esportivas maiores, parques olímpicos”.
– O Lujniki é o principal estádio da Rússia, faz parte de um parque olímpico. E no caso de Sochi, ainda não temos um time ali, mas há planos para criar um que dispute o Campeonato Russo – completou Dvorkovich.
O panorama, no entanto, é um pouco mais complicado do que pintam as autoridades russas. Das 11 cidades-sede, só seis têm times na primeira divisão do futebol russo: Moscou, Rostov, Kazan, Samara, Ecaterimburgo e São Petersburgo.
É quase certo que os estádios de Saransk, Sochi, Kaliningrado, Volgogrado e Nizhny Novgorod serão subutilizados como estádios de futebol – problema registrado na África do Sul após a Copa de 2010 e no Brasil após o Mundial de 2014.
– Não construímos nada desnecessário para nossos cidadãos. Os clubes vão usar os estádios. É claro que as coisas mudam. Quando começamos a construir o estádio de Saransk, havia um time na primeira divisão lá (hoje o FC Mordovia está na segunda divisão) – disse o CEO do Comitê Organizador, Alexey Sorokin.
FONTE: GLOBOESPORTE
There is no ads to display, Please add some