No primeiro reencontro de Jair Ventura com o Santos, agora sob o comando do Corinthians, no clássico deste sábado, às 19h (de Brasília), pela 29ª rodada do Brasileirão, o técnico demitido pelo Peixe em julho e contratado pelo Timão em setembro verá pela frente reforços que não teve.
Desde que chegou ao Corinthians, Jair não esconde a frustração com o último trabalho. Na Vila Belmiro, ele foi demitido sem que pudesse utilizar nomes como Carlos Sánchez, Bryan Ruiz e Derlis González. Por sete meses, ele clamou por reforços, mas não os recebeu.
– Quando dá tempo de você usar os reforços, é legal (ajudar a captar reforços). Não no Santos, que não deu tempo de usar os jogadores que eu indiquei. Fico feliz que as indicações ajudaram o time, é uma situação que a gente gosta. Como treinador, a gente vai acertar e vai errar nas indicações. Quando acerta, é gratificante, assim como lançar jovens. Apesar de ser chamado de burro, tem a parte gratificante (em ser treinador de futebol) – comentou recentemente.
No clássico deste sábado, Bryan Ruiz será ausência, por defender a seleção da Costa Rica. Por outro lado, o técnico Cuca tem à disposição o uruguaio Carlos Sánchez e o paraguaio Derlis González.
O uruguaio tem muita parcela no crescimento do Santos no segundo turno – o Peixe é o vice-líder e tem a melhor defesa. Encaixou no time facilmente e hoje é peça fundamental na equipe. Virou titular de Cuca com menos de uma semana de treinos e, desde então, não perdeu seu lugar.
Carlos Sánchez é um atleta polivalente, que ajuda tanto na defesa, com a recuperação de bola e saída de jogo, quanto no ataque, com passes precisos e bom posicionamento. É inegável que sua chegada elevou o patamar do Santos.
O volante foi o responsável direto pelas duas vitórias nos últimos dois jogos, contra Atlético-PR e Vitória, ao balançar as redes e dar os três pontos ao Santos. Contratação mais que acertada.
Bryan Ruiz
Tem sido, até agora, uma decepção. Em julho, o costarriquenho foi contratado, para alívio do torcedor, que clamava pela vinda de um armador após a saída de Lucas Lima, no fim de 2017.
Na teoria, a chegada resolveria a carência do meio de campo do Santos. O problema é que, na prática, após três meses, o gringo tem pouquíssimo espaço com o técnico Cuca e não conseguiu justificar o status de astro.
Depois de disputar a Copa do Mundo, Bryan Ruiz chegou ao Santos com um desequilíbrio muscular. O costarriquenho ficou um mês de férias e tem tido dificuldade para recuperar o ritmo de jogo. O meia participou de apenas 10 partidas (duas como titular), não balançou as redes e deu uma assistência. Como está com a seleção da Costa Rica, é desfalque no clássico.
Derlis González
O paraguaio adaptou-se rapidamente, assim como Carlos Sánchez, mas não tem a mesma importância do uruguaio para o Santos. Alterna entre titular e reserva. Com a ausência de Rodrygo, que está com a seleção brasileira sub-20, deve começar jogando contra o Corinthians.
A torcida gosta muito de Derlis e pede frequentemente para que Cuca o escale como titular. Até aqui, foram 12 partidas (seis como titular), um gol e quatro assistências – ele é o líder de passes para gols do Peixe no Brasileirão.
O atacante é uma espécie de válvula de escape. Tem muita velocidade e é, hoje, a primeira opção de Cuca para o ataque no banco de reservas, atrás de Gabigol, Rodrygo e Bruno Henrique.
Fonte: Globo esporte
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