Osmar Loss passou cerca de cinco anos no Corinthians, mas durou apenas três meses no cargo de treinador da equipe principal e deixou o Timão sem muitos holofotes. Nesta quarta-feira, o treinador reencontra o ex-clube pela primeira, no comando do Guarani, em partida no Brinco de Ouro, às 19h15, pela segunda rodada do Paulistão.
A história de Loss no Corinthians teve um desfecho muito diferente do projetado pela diretoria alvinegra e principalmente pelo treinador. Preparado pelo clube para dirigir a equipe principal e visto com potencial para ser o “novo Carille”, ele assumiu o Timão no fim de maio do ano passado e caiu em setembro, após 25 partidas, com dez vitórias, dez derrotas e cinco empates, aproveitamento de 46,6%.
Até hoje não há consenso no Corinthians sobre os motivos que levaram ao insucesso de Loss no profissional após conquistar inúmeros títulos na base, como duas Copas São Paulo.
No clube, há quem aponte uma suposta dificuldade do treinador no relacionamento com os atletas como a principal razão. De acordo com esta versão, o elenco não teria “comprado a ideia” de Loss – o que não significa que tentaram derrubá-lo, mas sim que não confiaram nas propostas dele.
A boa prosa nos momentos em que relaxava tomando um vinho ou jogando partidas de truco não era bem diferente do lado enérgico e exigente no dia a dia de trabalho.
Mas há também defensores do técnico no Timão, que lembram dos importantes atletas que ele perdeu, como Balbuena, Maycon e Rodriguinho.
Com o sonho antigo de ser treinador, Loss não aceitou ser auxiliar de Jair Ventura. A chegada do novo técnico corintiano fez com que ele ficasse encostado. Loss deixou de ficar no banco de reservas e nem mesmo viajava mais com a equipe.
Assim, ele tentou conduzir a saída do Corinthians sem atritos. Primeiro, Loss foi para a Europa, onde visitou clubes e se reuniu com pessoas ligadas ao futebol. Depois, se ausentou para ir a cursos na CBF. Até que chegou a proposta do Guarani, clube com o qual fechou em novembro, levando consigo o ex-auxiliar corintiano Dyego Coelho.
Nesta noite, Loss reencontrará diversos profissionais com quem trabalhou, inclusive Fábio Carille, de quem foi auxiliar por cinco meses e com quem mantém boa relação.
A amizade, porém, ficará de lado a partir das 19h15, e o técnico do Guarani acredita até que pode sair na frente por conhecer em detalhes o adversário:
– Tem alguma vantagem, sim. Podemos tirar algum proveito, eu passei os confrontos que podemos fazer dentro de campo. Hoje todo mundo se conhece, mas talvez eu conheça algumas particularidades – afirmou Loss, na última terça-feira.
Fonte: Globo esporte
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