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Termômetro do Pan: atletismo brasileiro é favorito a seis ouros e deve “esquecer” Toronto 2015

Há quatro anos, nos Jogos Pan-Americanos, o atletismo brasileiro saiu com apenas duas medalhas de ouro, na pior campanha em 32 anos. Para os Jogos de Lima, a equipe se fortaleceu e deve ganhar entre cinco e seis ouros, e pode totalizar 18 medalhas. Essa é a projeção do GloboEsporte.com, já analisando as delegações de Canadá e EUA, que não estão completas, mas terão medalhistas olímpicos e líderes do ranking, além de Cuba, Colômbia e Jamaica, que divulgaram seus times e estão praticamente completos. Os jamaicanos, por exemplo, estão com nove medalhistas olímpicos.

O GloboEsporte.com tem feito, toda semana, uma projeção de medalhas do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Acreditamos que o país tem condições de brigar pelo segundo lugar no quadro geral de medalhas e ficar perto do recorde de 52 ouros, feitos em 2007. Na projeção do site, a natação deve conquistar doze ouros, o judô brasileiro pode “gabaritar” e ir ao pódio nas 14 categorias, a canoagem tem tudo para ser líder continental, e as mulheres são as maiores chances do país nas lutas. Na vela, o Brasil deve conquistar dois ou três títulos. No ciclismo, o site faz a projeção de uma medalha de ouro e um total de quatro pódios, e o tiro não contará com Felipe Wu. No taekwondo, a esperança de bons resultados é grande após o Mundial. Nos esporte coletivos, o handebol é a maior chance.

Antes de falarmos as chances do Brasil, é bom deixar claro qual a força de cada país no Pan. Os EUA estão levando quatro líderes do ranking mundial de 2019, alguns medalhistas olímpicos e sua principal força em pelo menos dez provas. O Canadá conta com alguns medalhistas olímpicos, cerca de metade de sua principal força, mas deixou de lado algumas disputas. Os outros países estão praticamente completos, com uma ou outra exceção. A Jamaica está com nove medalhistas olímpicos, Cuba e Colômbia com sua força máxima. Ainda não foram divulgadas as equipes de Barbados, Trinidad & Tobago e Bahamas, que têm muitos destaques nas provas de velocidade.

A maior chance de ouro do Brasil está com Darlan Romani, no arremesso do peso, que não contará com seus principais rivais no continente. Os americanos não levaram força máxima nesta prova. Olho nos 400m com barreiras, com Alison Santos, e nos 3000m com obstáculos, com Altobelli, os dois aparecem como bons nomes em suas provas.

No revezamento 4x100m, o Brasil, campeão mundial há dois meses, aparece com boas chances, mas americanos, trinitinos e jamaicanos estão fortes. Na marcha atlética, Caio Bonfim está em boa fase, fez recentemente o melhor tempo da carreira, mas terá canadenses, guatemaltecos e colombianos como principais rivais.

Entre as mulheres, a principal chance de ouro do país é com Erica Sena, na marcha atlética. Sua principal rival seria uma mexicana que, pega no doping, não estará no Pan. Mas não podemos descartar a equatoriana que, recentemente, bateu o recorde sul-americano. Será uma disputa interessante.

O salto triplo feminino contará com três das melhores atletas da atualidade: Yulimar Rojas, da Venezuela, Caterine Ibarguen, da Colômbia, e Nubia Soares, do Brasil. É possível que esse pódio (não necessariamente nesta ordem) seja o mesmo da Olimpíada de Tóquio. O revezamento 4x100m do Brasil está muito cotado para o pódio, mas a Jamaica terá simplesmente duas campeãs olímpicas dos 100m rasos no time.

No lançamento do disco, duas cubanas (Denia Caballero e Yaimé Perez, líderes do ranking mundial) e duas brasileiras (Andressa Morais e Fernanda Borges que estão no top 10 do mundo) terão uma ótima briga.

Não podemos deixar de falar de Paulo André. Cada vez mais perto de correr os 100m abaixo dos 10s, ele está na briga direta pelo pódio. Mas tem cubano, barbadiano e até o americano Mike Rodgers, um dos melhores da atualidade, na disputa. No salto triplo, Almir Cunha e Alexsandro Melo estão cotados, mas a prova terá Omar Cradock (segundo do ranking mundial), dois cubanos um jamaicano muito forte.

No salto com vara, o americano Christopher Nilsen, segundo do ranking mundial, aparece como favorito. Mas o Brasil tem o campeão olímpico Thiago Braz, que não vive boa fase mas não se pode duvidar dele, e Augusto Dutra, que tem sido regular nos últimos meses.

As provas de meio fundo e fundo nos Jogos Pan–Americanos costumam reservar algumas surpresas, como o título de Juliana Santos nos 5000m em Toronto 2015. Mas, analisando os tempos, americanos e mexicanos (masculino) e canadenses (feminino) são os favoritos. Mas o Brasil pode surpreender.

Nos 110m com barreiras, Eduardo de Deus vem em uma temporada muito boa (é o 11º do ranking mundial) e Gabriel Constantino vem, desde o ano passado, fazendo boas marcas. Pode pintar uma dobradinha no pódio. Mas a Jamaica tem Ronald Levy e Orlando Bennett, que têm tempos melhores do que os brasileiros. Shane Brathwaite, de Barbados, e Freddie Crittenden também estão na disputa.

O Brasil tem outras chances de medalha em diversas provas. O Pan é uma competição que, muitas vezes, abre a porta para que um determinado atleta brilhe nas principais competições internacionais. A projeção coloca o Brasil com seis medalhas de ouro e 18 no total, e muitas delas podem vir de nomes que não foram citados neste texto.

Equipe do Brasil
Ainda com a possibilidade de exclusão ou inclusão de alguns nomes, devido ao limite de atletas em cada prova do Pan.

Paulo André de Oliveira (Pinheiros-SP) – 100 m – 200 m – 4×100 m
Rodrigo Nascimento (Orcampi Unimed-SP) – 100 m – 4×100 m
Derick de Souza (Pinheiros-SP) – 4×100 m
Jorge Henrique Vides (Pinheiros-SP) – 4×100 m
Erik Felipe Cardoso (SESI-SP) – 4×100 m
Gabriel Oliveira Constantino (Pinheiros-SP) – 200 m – 110 m c/barreiras
Eduardo Rodrigues de Deus (Orcampi Unimed-SP) – 110 m c/barreiras
Alison Brendom dos Santos (Pinheiros-SP) – 400 m c/barreiras
Carlos de Oliveira Santos (Pinheiros-SP) – 1.500 m
Altobeli Santos da Silva (Pinheiros-SP) – 5.000 m – 3.000 m c/obstáculos
Ederson Vilela Pereira (Pinheiros-SP) – 10.000 m
Augusto Dutra (Pinheiros- SP) – vara
Thiago Braz da Silva (Pinheiros-SP) – vara
Paulo Sérgio dos Santos Oliveira (IEMA/São Bernardo-SP) – distância
Alexsandro de Melo (Orcampi Unimed-SP) – distância – triplo
Almir Cunha dos Santos (Sogipa-RS) – triplo
Darlan Romani (Pinheiros-SP) – peso
Welington Silva Morais (Pinheiros-SP) – peso
Allan da Silva Wolski (Pinheiros-SP) – martelo
Wagner Domingos (IEMA-SP) – martelo
Luiz Alberto de Araújo (Pinheiros-SP) – decatlo
Jefferson de Carvalho Santos (Pinheiros-SP) – decatlo
Wellington Bezerra da Silva (Cruzeiro-MG) – maratona
Caio Bonfim (CASO-DF) – 20 Km – 50 Km Marcha Atlética

Feminino
Vitória Rosa (Pinheiros-SP) – 100 m – 200 m – 4×100 m
Franciela Krasucki (Pinheiros-SP) – 4×100 m
Rosangela Santos (Pinheiros-SP) – 4×100 m
Lorraine Martins (CT-DEO-RJ) – 4×100 m
Andressa Moreira Fidelis (IEMA/São Bernardo-SP) – 4×100 m
Tatiane Raquel da Silva (IPEC-PR) – 3.000 m c/obstáculos
Simone Ponte Ferraz (Corville-SC) – 3.000 m c/obstáculos
Tatiele Roberta de Carvalho (Pinheiros-SP) – 10.000 m
Juliana de Menis Campos (Orcampi Unimed-SP) – vara
Eliane Martins (Pinheiros-SP) – distância
Nubia Aparecida Soares (Orcampi Unimed- SP) – triplo
Andressa Oliveira de Morais (Pinheiros-SP) – disco
Fernanda Borges (IEMA-SP) – disco
Laila Ferrer (Pinheiros- SP) – Dardo
Rafaela Torres Gonçalves (Orcampi Unimed-SP) – dardo
Mariana Grasielly Marcelino (IEMA-SP) – martelo
Vanessa Chefer Spinola (Pinheiros-SP) – heptatlo
Valdilene dos Santos Silva (Pinheiros- SP) – maratona
Andreia Aparecida Hessel (Pinheiros-SP) – maratona
Erica Rocha de Sena (Orcampi Unimed-SP) – 20 Km Marcha Atlética
Viviane Santana Lyra (FECAM-PR) – 50 Km Marcha Atlética
Elianay Santana Barbosa (CASO-DF) – 50 Km Marcha Atlética

Fonte: Globo esporte


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