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Única nadadora olímpica da Síria quer inspirar jovens com quarta participação em Tóquio 2020

Aos 24 anos, Bayan Jumah carrega o peso de uma nação nas costas toda vez que entra na piscina. Única nadadora olímpica da Síria, ela encara como sua grande missão inspirar as crianças de seu país a praticarem o esporte, apesar dos obstáculos impostos por uma guerra civil implacável que já dura sete anos.

Jumah, que representou a Síria nos Jogos de Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, mantém vivo o sonho de disputar sua quarta Olimpíada em Tóquio 2020, apesar das condições de treinamento longe do ideal. Por causa de restrições no abastecimento de energia durante a guerra, ela nada numa piscina sem aquecimento, por exemplo.

– Um dos maiores desafios que enfrentamos é água fria. Tenho que me movimentar o tempo todo para manter o corpo aquecido. Ainda assim, meus músculos sofrem e meus lábios ficam roxos todo o tempo – conta Jumah, especialista nos 50m e 100m livre.

A nadadora teve que deixar sua cidade e sua família aos 21 anos para treinar em Damasco com o time nacional sírio. Um dos momentos mais difíceis aconteceu durante a preparação de Jumah para a Rio 2016, quando Alepo sofreu um bombardeio e a jovem perdeu o contato com os parentes por dez dias.

– Todas as comunicações foram cortadas em Alepo e eu fiquei sem notícias da minha família. Foram os piores dez dias da minha vida – lembra ela. – Durante esta crise, a maioria dos atletas deixou o país. Não é justo a Síria ter apenas uma nadadora.

Fonte: Divulgação


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