O Ministério Publico do Estado do Amazonas deflagrou no início da manhã desta terça-feira (25) a operação “Collusione”, com o objetivo de investigar participação de diversas pessoas envolvidas em uma organização criminosa cujas atividades são dirigidas, principalmente, à prática de crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico de drogas e falsidades documentais.
A investigação tem 20 alvos (entre pessoas físicas e jurídicas). São cumpridos mandados de prisão de cinco pessoas em diferentes bairros da capital. Uma das prisões foi cumprida em nome de uma mulher que reside na rua Samambáia, no bairro da União, na Zona Centro-Sul de Manaus.
O local onde este alvo foi preso funciona como uma loja de venda de roupas. Segundo a polícia, no entanto, o estabelecimento funciona como escritório de contabilidade contratado por organizações criminosas para realizar a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
As investigações começaram após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) comunicar ao MPAM que determinadas pessoas, muitas delas com envolvimento com o tráfico de entorpecentes, enviavam dinheiro de Manaus para a conta-corrente de outro investigado, na cidade de Tabatinga, região da tríplice fronteira (Brasil/Colômbia/Peru).
Uma das principais investigadas teria enviado para a intermediária, residente de Tabatinga, valores consideráveis que chamaram a atenção. Após o deferimento judicial do Pedido de Quebra de Sigilo de Dados Telefônicos, formulado pelo MPAM, a equipe de investigação conseguiu traçar uma extensa relação de pessoas que comercializavam entorpecentes para a organização criminosa.
Com essa mesma medida, foi possível identificar empresários que se utilizavam de pessoas jurídicas para acobertar a atividade ilícita dos outros investigados. Um desses empresários forneceu guia de trabalho falsa para que um dos investigados, cumprindo pena no regime semiaberto, obtivesse benefícios penitenciários de forma indevida, como a remissão da pena (abatimento de um dia da pena para cada 3 dias trabalhados).
Fonte: G1
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