A dona de casa Marli Correia da Silva, de 36 anos, morreu depois de ser esfaqueada três vezes na casa onde morava com os cinco filhos. Uma das crianças presenciou o momento em que a mãe foi ferida.
O crime ocorreu na noite de quarta-feira (11) no bairro Colônia Terra Nova III, na Zona Norte de Manaus. O suspeito de ter esfaqueado é ex-marido da vítima, o borracheiro Mark Amorim Simões, 36. Segundo familiares, o homem não aceitava a separação. A Justiça do Amazonas havia determinado medida protetiva para a dona de casa e o ex-marido não poderia se aproximar da mulher.
Segundo a família, a dona de casa e o borracheiro ficaram casados por 17 anos e do relacionamento o casal teve cinco filhos, com idades entre três e 15 anos.
O casal estava separado desde o ano passado, depois que Marli Correia denunciou o borracheiro para Polícia Civil. Segundo a família da vítima, a mulher era agredida e ameaçada pelo então marido.
“Ela aguentou até quanto podia. Meu filho era violento e a minha nora denunciou ele por agressão. Quando a justiça determinou que ele saísse da casa, o pai alugou um local para o Mark morar e não procurar mais a Marli, mas ele não aceitava a separação”, revelou a sogra da vítima e mãe do borracheiro, a autônoma Ana Lúcia Simões, de 53 anos.
De acordo com a família, Mark Amorim foi até casa da ex-esposa, por volta das 22h, e esfaqueou a mulher três vezes. Duas facadas atingiram a vítima nas costas e na barriga.
“Os dois filhos mais velhos de 12 e 15 anos estavam na igreja. Estavam dormindo na casa os filhos mais novos, de três e seis anos, além da minha neta que é deficiente, de dez anos. O meu filho entrou na casa e esfaqueou a Marli. O meu neto, de seis anos, acordou e viu a mãe toda ensanguentada, quando ela foi pedir socorro na minha casa ao lado. Quando abrimos a porta, ela estava sangrando muito”, disse a sogra.
O ex-marido fugiu do local e é procurado pela Polícia Civil. A dona de casa foi socorrida pelo cunhado e levada de carro para o Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) Galileia. Marli Correia da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu à 0h40 desta quinta-feira (12).
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o feminicídio. Os investigadores ouviram familiares da vítima e do ex-marido. O homem está com a cabeça raspada e tem uma tatuagem na perna. Quem tiver informações do paradeiro do suspeito pode ligar para o 190 e para o disque-denúncia 181.
“Ele tinha vários processos de Maria da Penha. Talvez, agora que ele matou a ex-esposa, a polícia prenda meu filho. Ele precisa ser preso, é uma pessoa ruim e violenta”, afirmou a sogra da vítima e mãe do suspeito.
Violência doméstica
O borracheiro desempregado Mark Amorim Simões já responde processos por ameaçar a própria mãe e violência doméstica contra a ex-esposa. De acordo com familiares, ele ainda já tentou matar um funcionário dos pais que defendeu a mãe do borracheiro durante discussão.
“Estávamos reunidos aqui em casa no churrasco e o Mark bebeu, veio me agredir verbalmente. Ficou desafiando o pai e um funcionário nosso. O nosso funcionário bateu nele. Dias depois, quando o funcionário veio trabalhar de madrugada, o meu filho o pegou desprevenido e bateu com uma garrafa de café na cabeça dele. Ele pretendia matar o nosso funcionário com uma faca que tinha escondido nas pedras. Vimos tudo pelas câmeras de segurança. A sorte que o nosso funcionário resistiu à pancada e se defendeu”, contou a autônoma Ana Lúcia.
Fonte: G1
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