A Polícia Federal faz, nesta quarta-feira (8), uma operação de combate aos crimes ambientais praticados, supostamente, por policiais militares de Boca do Acre e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Acre, Amazonas e Minas Gerais
Ao todo, são 36 mandados de busca e outras medidas cautelares nos três estados. Em Rio Branco estão sendo cumpridos 15 mandados, sendo que seis são de prisão. Outros também estão sendo cumpridos em Brasileia e Epitaciolândia.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é responsável por extensos desmatamentos no sul do Amazonas, lavagem de dinheiro e corrupção. A PF informou que alguns servidores do Ibama, liderados pelo ex-superintendente regional do órgão, estavam recebendo vantagens indevidas para cometer os crimes.
A PF deve passar mais informações sobre a operação às 10h [horário do Acre] durante uma coletiva, onde vai ser apresentado o balanço das ações.
As multas por desmatamento, por exemplo, eram aplicadas a ‘laranjas’ em substituição aos verdadeiros responsáveis, repassar informações privilegiadas acerca das datas e locais das fiscalizações ambientais e deixar de apreender maquinário utilizado para desmatamentos.Além disso, foi constatado o crime de grilagem na área. Segundo as investigações, alguns pecuaristas invadiam terras da União, comandavam desmatamentos e contratavam policiais militares para fazer a proteção das máquinas e das áreas de desmatamento.
Os moradores dessa área eram expulsos e ameaçados. Durante o período de investigação, uma tentativa de homicídio contra um pequeno produtor foi registrada.
Ao longo dos últimos anos, os investigados foram alvo de 169 autos de infração lavrados pelo Ibama, somando aproximadamente R$ 147 milhões em aplicação de multas, referente a uma área de 86 mil hectares, duas vezes maior do que a área urbana de Rio Branco.
A Operação
São mais 180 policiais envolvidos na operação que ocorre no Acre, Amazonas e Minas Gerais. O Exército também reforçou a ação, que cumpre 36 mandados de busca e outras medidas cautelares. A operação recebeu o nome de Ojuara, por ser tema de livro e filme brasileiros que narram as aventuras do personagem, indivíduo que teria desafiado o Diabo, fazendo referência ao codinome de um dos investigados.
Fonte: G1/AM
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