O suspeito de matar o próprio filho de 7 anos já planejava o crime dias antes, segundo a polícia do Amazonas. O corpo da criança foi encontrado enterrado dentro de uma casa de madeira no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus, na segunda-feira (17). Segundo a Polícia Civil, o homem já havia cavado uma cova cerca de dois dias antes de cometer o crime.
Segundo o titular da Delegacia Especializada em Homicídios (DEHS), Paulo Martins, Rogério Alexandrino dos Santos, de 27 anos, afirmou em depoimento que matou o filho para se vingar da sua própria mãe, que criava a criança. A criança foi agredida com diversas pauladas na cabeça.
Conforme Martins, ele e a mãe brigavam muito. “Ele disse que cometeu o crime para se vingar da sua ‘mãe de criação’ dele. A mulher, que adotou e criou o suspeito, estava agora criando o neto de 7 anos. Ela o amava. O suspeito conta que ele e a mãe brigavam muito. Ela cobrava que ele cuidasse mais do filho, jogava na cara que ele não dava atenção. Daí, ele se aborreceu e fez isso”, afirmou o delegado.
A avó da criança e mãe do suspeito foi ouvida pela polícia. Segundo Martins, a mulher afirmou que não havia discussões com o homem. “Ela foi ouvida e disse que não havia qualquer tipo de conflito. Afirmou que tinham desentendimentos pequenos, mas nada que pudesse levá-lo a cometer esse crime cruel”, disse o delegado.
O suspeito disse à polícia que cavou o buraco dois dias antes de cometer o crime. “Uma semana antes, ele tirou a criança da casa da avó e levou para a casa de um amigo – premeditadamente para levar para a casa dele depois, onde a cova já estava feita e cometer o crime”, disse.
Na tarde desta segunda-feira (17), o suspeito confessou o crime e levou uma equipe da Polícia Militar até a casa onde enterrou o filho no último dia 12. Ele contou que matou o menino a pauladas na cabeça.
“Eu entrei em depressão. Tive um problema sério com a minha família”, disse o suspeito ao ser apresentado durante a coletiva de imprensa.
O suspeito deve responder pelo crime de homicídio qualificado. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, ele deve ser encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).
Fonte: G1
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