- Política

Depois de Maia flertar com o impeachment, aliados duvidam que ele aceitará pedido

A Câmara dos Deputados realiza eleição nesta segunda-feira (1º) para escolher o presidente que irá comandar a casa legislativa no biênio 2021-2022. Oito candidatos estão na disputa, que será definida em votação secreta e presencial. O registro de candidaturas poderá ser feito até a reta final.

Os principais nomes na corrida são o do líder do chamado Centrão, Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro; e o de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta emplacá-lo como sucessor.O deputado Rodrigo de Castro, líder do PSDB na Câmara, confirmou ao blog em on o que já se sabia em off: “O partido decidiu permanecer no bloco de Baleia Rossi”.

Castro se limitou a dizer isso. Mas, dentro do partido, outros tucanos pressionavam ou pela neutralidade ou pelo apoio a Arthur Lira.

Afasta de mim esse cálice
Amigos e aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmam não acreditar que ele usará seus momentos finais no comando da Câmara para aceitar um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

No domingo (31), durante reunião tensa na residência oficial da Presidência da Câmara, Maia disse aos presentes que, se o DEM migrasse para o barco de Arthur Lira, ele poderia aceitar o pedido de impeachment, conforme antecipou o blog.

O DEM acabou não declarando apoio formal a Arthur Lira, candidato de Bolsonaro, mas liberou a bancada. Na prática, o partido abandonou Baleia Rossi.

Fora o próprio DEM que escolheu Baleia ao dizer, semanas atrás, que ele seria o único nome da turma de Maia que teria o apoio da legenda.

Não surpreendeu, portanto, a reação de Maia trazendo a possibilidade do impeachment. Ele havia sido traído pelos colegas, alguns deles amigos de longa data.

Ainda no domingo, ao apurar o ocorrido na reunião, o blog perguntou a diversas fontes presentes se a fala de Maia parecia blefe. Todas as fontes responderam que não, mas que não saberiam antecipar qual caminho ele seguiria.

A dúvida de fato rondou Maia por um tempo.

Ao longo da noite, políticos se dividiram entre aqueles que aconselhavam aceitar não apenas um, mas todos os pedidos, e os que desaconselhavam algo assim. O segundo grupo, até aqui, vai prevalecendo.

Conselho de cacique
De um dos mais experientes políticos de Brasília, articulador da deposição de Dilma Rousseff: “O vírus da falta de visão está contaminando o pessoal ali. Eu, no lugar dele, aceitaria todos. Os bolsonaristas vão moer o Rodrigo, e ele não terá a turma que quer o impeachment para defendê-lo. Ficará sozinho”.

Jogo do perde perde
De um aliado de Maia: “Seria casuísmo aceitar só agora o pedido de impeachment depois de tanto tempo sem aceitar nenhum. Ele deveria ter aceitado antes. Agora é tarde”.

Amigos e aliados de Maia afirmam não acreditar que ele usará seus momentos finais no comando da Câmara para aceitar um pedido de impeachment.

No domingo (31), Maia disse aos presentes que, se o DEM migrasse para o barco de Arthur Lira, ele poderia aceitar o pedido de impeachment.

O DEM acabou não declarando apoio formal a Arthur Lira, candidato de Bolsonaro, mas liberou a bancada. Em bom português político, o partido abandonou Baleia Rossi.

Semanas atrás, fora o próprio DEM que escolheu Baleia ao dizer que ele seria o único nome da turma de Maia que teria o apoio da legenda.

Não surpreendeu, portanto, a reação de Maia trazendo a possibilidade do impeachment. Ele se considerava traído pelos colegas, alguns deles amigos de longa data.

Ainda no domingo, ao apurar o ocorrido na reunião, o blog perguntou a diversas fontes presentes se a fala de Maia parecia blefe. Todas responderam que não, mas que não saberiam antecipar qual caminho ele seguiria.

A dúvida de fato rondou Maia por um tempo.

Ao longo da noite, políticos se dividiram entre aqueles que o aconselhavam a aceitar não apenas um, mas todos os pedidos, e os que desaconselhavam algo assim.

Rodrigo Maia, contudo, ainda não falou a respeito.

Nada consta
Um aliado explica que tipo de cálculo Maia está fazendo neste momento:

“Não teríamos maioria na comissão especial que analisaria o impeachment. Terminaria a comissão dando um atestado de idoneidade para Bolsonaro, pois seria explorado assim por ele”.

Fonte: G1


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