- Política

Líderes de oposição no Senado tentam limitar PEC da Blindagem a crimes contra honra

Líderes da oposição, do PL e do PSDB no Senado apresentaram nesta terça-feira (23) uma sugestão de mudança ao texto da PEC da Blindagem.

O grupo propõe estabelecer que apenas a abertura de processos contra parlamentares por crimes contra honra terá de ser autorizada previamente pelo Congresso.

A articulação das lideranças da oposição ocorre um dia antes de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a proteção de parlamentares na Justiça.

O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e o presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), têm discursado contra a proposta e avaliam que a comissão pode rejeitar o texto já nesta quarta (24).

Liberdade de expressão
A oposição argumenta que a medida proposta assegura a liberdade de expressão de parlamentares e impede processos por opiniões expressadas em discursos e nas redes sociais.

O movimento já havia sido anunciado pelo senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), em uma publicação nas redes sociais. Entre segunda e terça, a ideia foi discutida com o senador Sergio Moro (União-PR) e ganhou adesão de outros membros da oposição.

Além de Ciro e Moro, outros 12 parlamentares assinaram a emenda encaminhada a Alessandro Vieira. Entre eles, estão os líderes do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ); da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN); e do PSDB no Senado, Plínio Valério (AM).

Os senadores propõem que a autorização seja analisada pelo plenário da Câmara ou do Senado, a depender do parlamentar, e que a votação seja aberta, com registro nominal de votos.

Para outros crimes, o grupo sugere que seja mantida a regra atual da Constituição que autoriza os parlamentares a suspender o andamento de ações penais até o fim do mandato do deputado ou senador.

Os senadores afirmam que a proposta “resguarda a independência do Poder Legislativo e protege a legitimidade do mandato”.

Dificuldades na CCJ
Tanto o presidente da CCJ quanto o relator da PEC da Blindagem têm afirmado que a proposta deve ser rejeitada no colegiado.

A expectativa de Alessandro Vieira é apresentar um parecer que defenda a rejeição integral da proposta. Otto Alencar diz ser possível que a comissão negue seguimento à PEC já nesta quarta.

Além disso, eventual rejeição não enterraria a PEC de vez no Senado. O regimento interno da Casa prevê que, em caso de rejeição em comissão, nove senadores podem apresentar requerimento para que o texto seja votado diretamente no plenário.

Fonte: Divulgação


There is no ads to display, Please add some

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *