Parlamentares de oposição na Câmara esperam contar com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em Brasília para tentar destravar, na próxima semana, a análise de uma proposta que perdoa condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
A anistia aos condenados pela investida contra as sedes dos Três Poderes voltou ao centro das discussões políticas com o julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.A pauta, principal prioridade da oposição na Câmara e no Senado, passou a acumular sinalizações de apoio entre parlamentares do Centrão nas últimas semanas. Na avaliação de congressistas, as negociações ganharam corpo com o embarque do governador paulista na articulação.
Na última semana, Tarcísio foi a Brasília para conversar com aliados e com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em uma tentativa de destravar as negociações sobre a anistia.
A expectativa entre parlamentares aliados ao ex-presidente é de que Tarcísio repita os movimentos na próxima semana e aumente a pressão para votação do projeto no Congresso.
Mobilização ampliada
Membros do gabinete do governador de São Paulo afirmam que, a princípio, ele deve permanecer em Brasília entre segunda (15) e terça-feira (16). Lideranças da oposição têm defendido que a Câmara se debruce sobre um pedido de urgência ao projeto da anistia já na terça.
Nos últimos dias, Hugo Motta chegou a afirmar que a pressão em torno da proposta havia aumentado: “Os líderes estão cobrando, estamos avaliando e temos que conversar mais. Aumentou o número de líderes pedindo.”
Aliados do ex-presidente têm defendido que o tema seja discutido, pela Câmara, já na próxima semana, dias depois do possível encerramento do julgamento contra Bolsonaro. Hugo Motta tem afirmado, no entanto, que ainda não há definição.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), acredita que o texto pode ser apreciado já na quarta (17).
A oposição tenta avançar com uma proposta de anistia mais ampla, que abrangeria o ex-presidente Jair Bolsonaro. A extensão, no entanto, é alvo de divergências em setores do Congresso e deve ser tratada pelo relator do projeto, que ainda não foi escolhido.
“Nós estamos muito confiantes que, passado o fim do julgamento, na próxima semana, na reunião do colégio de líderes, acho que aí já não restam mais alternativas, e o presidente vai finalmente poder ter total liberdade para colocar na pauta na terça-feira e, quem sabe, a gente votar urgência e mérito na quarta-feira”, disse Sóstenes.
Fonte: G1
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