- Política

Suspeita de ser candidata ‘laranja’ do PSL presta depoimento na sede da PF

A candidata a deputada federal Maria de Lourdes Paixão (PSL), 68, compareceu à sede da Polícia Federal (PF) no Recife nesta quarta-feira (20) para prestar depoimento. Ela é investigada pela Polícia Civil de Pernambuco pela suspeita de ter atuado como “candidata laranja” e compareceu à PF para prestar esclarecimentos antes da abertura oficial de uma investigação federal sobre o repasse.

Lourdes Paixão recebeu R$ 400 mil da direção nacional do PSL nas eleições de 2018. Ela obteve 274 votos no pleito de 2018. O depoimento, inicialmente marcado para a quinta-feira (14), foi remarcado para esta quarta (20).

Segundo a PF, Lourdes vem na condição de colaboradora para esclarecer informações sobre o uso da verba durante a candidatura. O depoimento é registrado na condição de registro especial porque, até o momento, não há investigação aberta na PF sobre o caso.

Lourdes chegou à sede da PF, no Cais do Apolo, no Centro do Recife, pouco antes das 9h, acompanhada por dois homens. Um deles, advogado da candidata, Ademar Rigueira, afirmou que se pronunciaria ao final do depoimento.

Denúncia e demissão de Bebianno
A reportagem da “Folha de S.Paulo” afirma que um grupo ligado ao presidente do PSL, Luciano Bivar, eleito deputado federal por Pernambuco, teria feito de Lourdes Paixão uma candidata “laranja”. Bivar foi eleito, no dia 1º de fevereiro, o segundo vice-presidente da Câmara Federal.

O dinheiro do fundo partidário foi enviado para a candidata pela direção do PSL, que tinha como presidente, na época, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que foi demitido na segunda-feira (18).

A denúncia foi o estopim de uma crise no governo federal, que se agravou após o vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), desmentir o ex-ministro. Bebianno disse, no dia 12 de fevereiro ao jornal “O Globo”, que teria conversado sobre o assunto três vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) enquanto este estava internado em um hospital em São Paulo.Em uma rede social, o vereador classificou a afirmação de Bebianno como “mentira absoluta” e divulgou um áudio que mostra Jair Bolsonaro se recusando a falar com o então ministro. Depois, o presidente compartilhou as mensagens do filho na mesma rede social.

Após a demissão de Bebianno, a assessoria do presidente divulgou um vídeo no qual afirma que “questões relevantes” exigiram uma reavaliação do caso Bebianno.

Fonte: G1


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