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Inferno astral da população paraíso para os bancos

O Brasil, um dos países mais ricos e fantásticos do planeta, infelizmente anda em ziguezague e está sem rumo.Em 2024, a inflação fugiu do controle, atingindo 4,83%. A projeção para 2025 é de 5,65%,considerando o cenário atual e as perspectivas para a economia do país.
A taxa básica de juros, que fechou janeiro em 13,25%, já está estimada para chegar a
15% em dezembro de 2025.

Mais de 59 milhões de brasileiros ainda vivem em extrema pobreza (equivalente a 4,4%
da população). Embora a taxa de emprego esteja em alta, com sucessivas quedas no
desemprego, ainda há mais de 7 milhões de brasileiros adultos desempregados, sem
contar aqueles que vivem no subemprego.
O presidente do país, que precisa manter a avaliação de seu governo e sua popularidade
em alta, está em queda livre e, portanto, cada vez mais refém da classe política e de seus
adversários.

Pela primeira vez em sua trajetória política, a pesquisa demonstra que 49% da população
desaprovam o presidente Lula, enquanto 47% o aprovam. Em São Paulo, Rio Grande do
Sul e Minas Gerais (com uma população total de 47,8 milhões de pessoas), 50%desaprovam o governante. Já nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, onde vivem 62% da população, a desaprovaçãosupera os 60%.

Em estados como a Bahia, que possui 14,8 milhões de habitantes, a aprovação, que antes
era de 65%, caiu para 49%. Em Pernambuco, a desaprovação também subiu para níveis
de dois dígitos. Esses estados, historicamente, sempre apoiaram o presidente.

Os principais fatores que contribuem para essa desaprovação são:
1. Crises envolvendo o Pix;
2. Alta nos preços dos alimentos;
3. Falta de credibilidade (a população não acredita mais nas promessas do governo).
Por outro lado, há aqueles que sempre ganham: os bancos.

Em 2024, os lucros nominais do setor bancário ultrapassaram R$ 108 bilhões, o maior
valor da série histórica. Os destaques foram:
• Banco Itaú: R$ 40 bilhões de lucro;
• Banco do Brasil: R$ 35,4 bilhões;
• Bradesco: R$ 19 bilhões;
• Santander: R$ 19 bilhões;
• Nubank: R$ 1,97 bilhão (mesmo sendo um banco relativamente novo no
mercado);
• Caixa Econômica Federal: R$ 14 bilhões (crescimento de 31,9%) Com essa dança de juros altos e uma economia que oscila de um lado para o outro, os
verdadeiros vencedores são os bancos e seus acionistas. Enquanto isso, quem perde é o
povo, que sempre paga a conta.

Manaus, 02 de março de 2025.
Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazona


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