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Inter engata 3ª vitória seguida, mas cobra evolução até Libertadores

Patrick bate no peito, leva a mão à orelha esquerda e beija o escudo do Inter após anotar um gol salvador aos 43 do segundo tempo. A comemoração em tom de desabafo é mais do que natural. Em uma noite de atuação apática, com direito a vaias e gritos de “burro”, a equipe buscou forças mesmo com um a menos e bateu o Caxias por 2 a 1, no Beira-Rio, pela 7ª rodada do Gauchão.

Os três pontos tão batalhados têm significados emblemáticos. O Inter subiu na tabela do Gauchão e é vice-líder, com 13 pontos. De quebra, enfileira três vitórias seguidas e vive, agora, sua melhor série em seis meses – desde agosto passado. Mas nem tudo são flores.

O retrospecto permite a Odair Hellmann colocar em prática uma ideia que costuma repetir quase como mantra nas entrevistas coletivas. O técnico sempre diz que é melhor corrigir os erros com as vitórias como fator a dar tranquilidade. E é exatamente isso que fará até a estreia na Libertadores, em 6 de março.

– A gente tem que a cada jogo ver o que errou e progredir, ter atenção. É um aprendizado a cada jogo. Sabemos que Libertadores é truncado, os times vêm forte. Mas estamos focados no jogo do Gauchão e depois pensar na Libertadores e ir muito firme – afirma Zeca.

Ao mesmo tempo em que semeia calmaria, a partida também evidencia alguns pontos que deixaram a desejar na equipe. A proximidade com a estreia na competição continental, as mudanças na equipe e a boa atuação do Caxias são fatores apontados para a oscilação.

– O jogo realmente foi difícil. O Caxias é uma equipe bem montada. Temos que valorizar as três vitórias seguidas e trabalhar para evoluir. Fica difícil fazer avaliação, mas um pouco de ansiedade de todas as partes, talvez pela proximidade com a estreia na Libertadores. Precisamos melhorar e tenho certeza que isso ocorrerá até a estreia. O Odair precisa ver os atletas, mas queríamos estar melhores. Temos convicção que até a estreia estaremos em um bom momento – diz o vice de futebol Roberto Melo.

Neste domingo, o treinador voltou a armar o time no 4-1-4-1. O rendimento ficou abaixo das duas vitórias anteriores, quando o Inter atuou no 4-2-3-1. Além disso, Odair usou o jogo para dar rodagem a alguns jogadores.

Sem Nico López, suspenso, Nonato estreou com a camisa do Inter e teve desempenho elogiado. Uendel ainda entrou na vaga de Iago para ganhar ritmo. Mas nada disso fez a equipe viver uma atuação consistente.

Neste domingo, o Inter criou pouco e sofreu com as investidas pelos lados do campo, em especial quando Bruno Alves pegava a bola. Instável na defesa, a equipe cedeu o empate em contra-ataque, após William Pottker abrir o placar. Odair ainda ouviu gritos de “burro” quando mandou Patrick a campo na vaga de Nonato. Vaiado, o volante virou herói e soterrou os apupos.

– O torcedor é soberano em suas decisões. Penso, que entre vaiar o jogador e vaiar o treinador, vaie a mim, me chame de burro, mas dê moral para o jogador. Não pode entrar em uma partida sendo vaiado. Ainda mais um jogador que já nos ajudou tanto, que foi tão bem o ano passado, que está retomando. Ele retomou e fez o gol. Burro não foi a primeira, não foi a segunda e não vai ser a última. Deu certo o que pensamos. Em alguns não darão, mas segue a convicção.– diz Odair.

Com a vitória por 2 a 1 sobre o Caxias, o Inter chega a 13 pontos na tabela do Gauchão e sobe para a vice-liderança. O elenco colorado folga na segunda-feira e se reapresenta para trabalhos na tarde da terça-feira, no CT do Parque Gigante.

Os atletas que não atuaram contra o Caxias enfrentarão o Sindicato dos Atletas Profissionais em um jogo-treino. O Inter volta a campo no domingo, às 17h, quando enfrenta o Avenida no Eucaliptos pela 8ª rodada do Gauchão.

Fonte: Globo esporte


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