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A vez dos novinhos: Brasil aposta em jovens ponteiros na estreia do Mundial

Para quem se acostumou a ter ponteiros como ídolos de gerações vitoriosas, ver duas caras novas na escalação titular pode causar alguma surpresa. Mas Douglas Souza e Kadu estão prontos para defender o Brasil na estreia do Mundial de vôlei masculino, contra o Egito, nesta quarta-feira, em Ruse, na Bulgária. É o que garante o técnico Renan Dal Zotto. Diante de lesões dos principais nomes da posição, o treinador precisou apostar na dupla de atletas de 23 e 24 anos e tem convicção de que eles vão dar conta do recado. A partida terá início às 14h30.

O SporTV2 transmite Brasil x Egito a partir das 14h(de Brasília), e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real

Na Rio 2016, Lucarelli era titular absoluto e esteve entre os cinco melhores nas estatísticas de ataque e saque. Mas no ano passado o ponteiro do Taubaté sofreu uma grave lesão no tendão de Aquiles e precisou passar por cirurgia. Mesmo liberado pelo departamento médico, pediu dispensa da seleção por considerar que está muito abaixo do nível que seria necessário apresentar em uma competição deste porte.

Mauricio Borges se machucou a serviço da seleção, em junho. Estirou o ligamento cruzado anterior do joelho direito durante a Liga das Nações e também precisou operar, recebendo uma previsão de seis meses de afastamento das quadras. Lipe, outro atleta com participação ativa na conquista do ouro olímpico, está com o grupo na Bulgária e é o mais experiente da posição, mas também sofre com uma dor crônica no cotovelo direito e será poupado sempre que possível.

Tal cenário abriu espaço para os jovens talentos. Douglas Souza é um dos nove campeões olímpicos da delegação brasileira, mas agora terá a maior chance da carreira pela oportunidade de começar jogando. Na estreia contra o Egito, fará dupla com Kadu, que voltou recentemente à seleção após cumprir suspensão por doping.

– É muito especial estar numa seleção brasileira depois de um tempo parado. O Renan (Dal Zotto) me dar essa oportunidade…. Eu não tenho palavra para definir o que estou sentindo agora. Tem muita gente experiente, que jogou Olimpíada, que joga vôlei há muito tempo. Sou um dos mais novos e eles estão me ajudando muito dentro de quadra. Isso agrega bastante. Acho que a gente está bem preparado para esse campeonato – disse Kadu.

Campeão olímpico no banco, Douglas tem grande chance como titular no Mundial

No banco estarão Lucas Loh e Lipe. O veterano, aos 34 anos, certamente será acionado por Renan em caso de necessidade. Se o jogo contra o Egito correr bem na prática como se espera na teoria, é provável que estreie apenas contra a França, na quinta-feira. Como é o adversário mais forte do Grupo B, projeta-se também que seja o jogo mais duro, que pode definir a liderança da chave.

– Para esses jovens, principalmente os ponteiros, tenho certeza de que eles estão prontos, preparados. O Lipe é um jogador extremamente estratégico para a gente, tecnicamente é fantástico. Teve algumas limitações durante a preparação por lesão, mas chega aqui numa boa condição. Talvez não no seu ápice ainda, mas vai crescer durante a competição e tenho certeza que será bastante importante para a gente. Ele, em momentos estratégicos, tenho certeza de que vai contra muito. Valorizo muito um jogador que, além de ser bom, agrega valor para os outros. É um jogador vibrante e isso é muito importante.

O que esperar do Egito

O Egito se classificou para o Mundial por ter ficado em segundo lugar na Copa Africana das Nações, perdendo a final para a Tunísia. Nunca venceu o Brasil – segundo a Federação Internacional (FIVB), foram 11 confrontos em grandes competições. Conseguirá um feito e tanto se conseguir escapar das duas últimas posições do grupo e evitar uma eliminação precoce, como pontua o técnico Mohamed Ibrahim.

– Esse grupo é muito forte, mas espero ir para a segunda fase. Tenho jogadores experientes. O Brasil é um time muito forte. Vamos fazer nosso melhor por uma boa partida.

Para o técnico Renan Dal Zotto, a estratégica egípcia será forçar ao máximo o saque para quebrar a recepção brasileira.

– O Egito é uma seleção pouco conhecida de nós brasileiros, mas é uma seleção bem interessante. Tem um levantador muito alto, o Abdallah, um cara que acelera muito a bola, saca muito bem. É quase que um atacante, faz seis ou sete pontos durante o jogo. É um jogador muito agressivo. Tem dois centrais muito altos, e o principal atacante é o número 18 (Ahmed Shafik). O cara não é muito alto mas salta bem e tem o braço muito forte. É uma seleção que, com certeza, vai entrar no jogo arriscando tudo no saque. Por isso temos que ter muita cautela e carinho na hora do passe, porque é ali que vamos fazer a diferença.

Fonte: Globo esporte 


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